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Cerca de 40 mil funcionários da Verizon entram em greve

Paralisação foi motivada pelos planos da empresa de cortar assistência médica e pensões por um período de três anos

Por Agências
Atualização:

AP

 

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Na manhã desta quarta-feira, 13, cerca de 40 mil funcionários da operadora norte-americana Verizon abandonaram o trabalho – em uma das maiores greves registradas nos últimos anos nos Estados Unidos -, após negociações contratuais chegarem a um impasse.

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A greve foi convocada pelo Trabalhadores de Comunicações da América (CWA, na sigla em inglês) e pela Irmandade Internacional de Trabalhadores de Serviços Elétricos (IBEW, na sigla em inglês) que representam conjuntamente funcionários do setor, como representantes de serviços ao cliente e técnicos de rede em operações de telefonia fixa.

A greve poderia afetar serviços de internet fixa, telefone e TV da Verizon em vários estados da Costa Leste dos EUA, incluindo Nova York, Massachusetts e Virgínia. A paralisação não se estende às operações de conexão sem fio.

Trabalhadores protestaram em várias localidades da Verizon ao longo da Costa Leste. A operadora disse que treinou milhares de empregados não-sindicalizados no ano passado, para garantir que não haja interrupção nos serviços.

“[A empresa] deu às pessoas um pouco de treinamento, mas elas não têm experiência”, disse o representante do CWA, Bob Master. “Não há nenhuma possibilidade de essas 10 mil pessoas compensarem 40 mil que têm décadas de experiência (em empregos altamente técnicos).”

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O serviço de conexão fixa gerou cerca de 29% da receita da empresa, em 2015, e menos de 7% do lucro operacional.

Os serviços de internet fixa e de TV por assinatura da Verizon não registraram crescimento e a empresa vem diminuindo sua rede de telefonia fixo. Nos últimos anos, a Verizon, maior operadora de conexão sem fio nos EUA, mudou o foco de seu negócio de rede fixa para a banda larga móvel. Além disso, para encontrar novas fontes de receitas, a empresa adquiriu, no ano passado, o provedor de internet AOL por US$ 4,4 bilhões. A aposta é explorar os segmentos de vídeo para dispositivos móveis e de publicidade segmentada.

Desde junho do ano passado, a Verizon e os sindicatos estão em negociação com relação aos planos da empresa de cortar assistência média e pensões por um período de três anos.

“É lamentável os líderes sindicais convocaram uma greve, um movimento que fere todos os nossos funcionários”, disse o diretor administrativo da Verizon, Marc Reed, em um comunicado.

As últimas negociações de contratos, em 2011, também levaram a uma greve, mas um acordo foi alcançado depois de duas semanas.

Na terça-feira, a Verizon disse que levaria as negociações para o Serviço Federal de Mediação e Conciliação (FMCS, na sigla em inglês). Da última vez, o FMCS mediou as disputas contratuais.

Para a liderança do sindicado do setor, a mediação federal é “uma manobra de diversão”.

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“Nós não queremos ir para Washington. O que é necessário é a empresa se sentar conosco e resolver nossas preocupações.”

Por volta das 14 horas (horário de Brasília), as ações da Verizon haviam caído 0,76% para cerca de US$ 51.

/REUTERS

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