Chegada da Amazon vai gerar ‘guerra de mimos’ para vendedores

Competição para atrair terceiros para marketplace deve fazer setor de varejistas online se movimentar para não perder espaço

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Por Claudia Tozzeto e Fernando Scheller
Atualização:
Stelleo Tolda, do Mercado Livre no Brasil Foto: Clayton de Souza/Estadão

Ao lançar o marketplace de eletrônicos, a Amazon vai distribuir vantagens para atrair vendedores. A empresa vai cobrar uma taxa de 10% sobre as vendas no site, abaixo do que pratica em outros países do mundo. Além disso, os produtos serão financiados pelo site sem cobrança de taxas para o parceiro adiantar recebíveis.

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“O vendedor vai saber o quanto vai receber, independentemente da modalidade de financiamento escolhida”, explica Szapiro, da Amazon. A empresa também está trazendo tecnologias como o preço dinâmico, que permite ao vendedor aumentar ou reduzir o preço em um determinado período de tempo. Além disso, os vendedores de produtos poderão configurar o valor do frete por região do País.

Para evitar a debandada de parceiros e a perda de fatia de mercado, as rivais também devem intensificar as inovações em suas plataformas. A B2W, dona de Americanas.com e Submarino, anunciou ontem um programa “Prime”, em que clientes terão acesso a ofertas sem cobrança de frete. A empresa também anunciou que vai começar uma operação de venda de produtos entre pessoas físicas (o chamado C2C – consumidor a consumidor). 

No caso do Mercado Livre, a intenção é focar em um serviço que faz a gestão do armazenamento, da embalagem e da entrega dos produtos comercializados por diversos vendedores, a partir de um centro de distribuição próprio. O serviço chegou ao País há dois meses. A segunda iniciativa é a oferta de empréstimos aos vendedores. Em maio, conforme revelou o Estado, a companhia começou a oferecer crédito para pequenos empresários que mantêm lojas no site. 

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