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Chinesa Didi investirá em segurança após assassinato de passageira

Empresa de transporte por aplicativo pretende construir sistemas de segurança e de atendimento ao cliente; na semana passada, uma passageira de 20 anos foi assassinada por um motorista do serviço de caronas Hitch

Por Agência
Atualização:
Só neste ano, a Didi teve dois casos de assassinatos envolvendo seu serviço de caronas Foto: REUTERS/Jason Lee

A Didi Chuxing, maior empresa de transporte por aplicativo da China e dona da 99, afirmou nesta terça-feira, 28, que vai priorizar a segurança em detrimento do crescimento da companhia, depois que uma passageira de 20 anos foi assassinada por um motorista do serviço de caronas Hitch na semana passada. O incidente é o segundo que acontece este ano: em maio, um outro caso semelhante aconteceu envolvendo o serviço da empresa.

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O caso provocou indignação nas redes sociais e preocupações com questões de segurança em aplicativos de transporte – setor que cresceu e está crescendo rapidamente na China. Em resposta, a empresa suspendeu o serviço Hitch, conhecido por viagens intermunicipais, parecido com o francês BlaBlaCar. 

“A tragédia nos lembrou que percorremos este caminho sem respeito ou humildade suficientes”, disseram em nota o fundador da Didi, Cheng Wei, e o presidente Jean Liu. “Nós vemos claramente que isso aconteceu porque nossa vaidade ultrapassou nossa ideia original. Corremos sem parar, seguindo a força do capital e da expansão sem respiro, em poucos anos, mas isso não tem sentido em uma vida perdida tão tragicamente.”

Para lidar com a situação, a Didi afirmou que organizará seus recursos para a construção de sistemas de segurança e de atendimento ao cliente.

A Didi disse que fará atualizações em produtos de segurança como o botão que pede socorro e a função de compartilhamento de rota. Além disso, a empresa planeja trabalhar em estreita colaboração com as agências de segurança da China para, entre outras coisas, criar um sistema que permita que seus passageiros chamem a polícia durante ameaças de perigo.

A imprensa chinesa informou nesta terça-feira, 28, que a Didi se encontrou com reguladores em pelo menos dez cidades chinesas e em algumas reuniões foi dito que sua licença de operação local poderia ser revogada se o serviço não melhorasse a segurança dos passageiros e demitisse condutores desqualificados. A empresa não comentou o assunto.

De acordo com uma reportagem do TechCrunch, a Didi demitiu dois executivos após o incidente da semana passada e também começará uma investigação sobre o caso.

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