• Estadão
  • Opinião
  • Política
  • Economia
  • Internacional
  • Esportes
  • Brasil
  • São Paulo
  • Cultura
  • PME
  • Jornal do Carro
  • E+
  • Paladar
  • Link

Link Estadão

 
  •  inovação
  •  cultura digital
  •  gadgets
  •  empresas
  •  games
Assine Estadão
formulário de busca

Cientista de IA é demitida pelo Google e acusa empresa de racismo

Segundo Timnit Gebru, a empresa censurou um artigo sobre diversidade na inteligência artificial escrito por ela e a desligou dos sistemas sem aviso

04/12/2020 | 10h01

  •      

 Por Agências - Reuters

Timnit disse no Twitter que o Google a cortou de seus sistemas sem avisar ou conversar com ela sobre suas preocupações

Cody O'Laughlin/The New York Times

Timnit disse no Twitter que o Google a cortou de seus sistemas sem avisar ou conversar com ela sobre suas preocupações

Leia mais

  • EUA vão acusar Google de violações trabalhistas, dizem ex-funcionários
  • Facebook e Google devem enfrentar mais quatro processos antitruste nos EUA
  • Governo dos EUA processa Facebook por 'discriminar' trabalhadores americanos

Uma importante cientista do Google em ética na inteligência artificial disse que foi demitida após criticar os esforços de diversidade da empresa, uma afirmação que a companhia contestou na quinta-feira, 3, no último encontro entre a gigante da internet e trabalhadores ativistas.

Timnit Gebru, que é negra, disse no Twitter que foi demitida na quarta-feira, 2, após enviar um e-mail a colegas expressando frustração com a diversidade de gênero na unidade de inteligência artificial (IA) do Google e questionando se os líderes da empresa revisavam seu trabalho com mais rigor do que o de pessoas de diferentes origens. Timnit é cofundadora da organização sem fins lucrativos "Black in AI", que visa aumentar a representação de pessoas de cor na inteligência artificial, e foi coautora de um artigo importante sobre preconceito na tecnologia de análise facial.

Jeff Dean, chefe da unidade de IA do Google, disse à equipe, em um e-mail analisado pela agência de notícias Reuters, que Timnit havia ameaçado renunciar a menos que ela soubesse quais colegas consideraram não publicável um rascunho de artigo que ela escreveu, uma exigência que Dean rejeitou.

“Aceitamos e respeitamos sua decisão de demitir-se do Google”, escreveu Dean no e-mail, acrescentando: “Todos nós genuinamente compartilhamos a paixão de Timnit em tornar a IA mais justa e inclusiva”.

Timnit disse em uma série de postagens no Twitter que o Google a cortou de seus sistemas sem avisar ou conversar com ela sobre suas preocupações.

Apparently my manager’s manager sent an email my direct reports saying she accepted my resignation. I hadn’t resigned—I had asked for simple conditions first and said I would respond when I’m back from vacation. But I guess she decided for me :) that’s the lawyer speak.

— Timnit Gebru (@timnitGebru) December 3, 2020

A saída abrupta de Timnit acrescenta anos de angústia, incluindo várias renúncias e demissões no departamento de IA e outras organizações do Google devido à diversidade. A decisão também questiona se os esforços da empresa para minimizar os danos potenciais de seus serviços são suficientes.

Mais de 150 funcionários expressaram apoio a Timnit, exigindo que o Google reforçasse seu compromisso com a liberdade acadêmica e explicasse por que escolheu “censurar” seu artigo, de acordo com uma petição publicada online. Sherlyn Ifill, presidente do Fundo de Defesa Legal e Educacional da NAACP, escreveu no Twitter que a demissão de Timnit foi "absolutamente irritante" e "um desastre".

Na quarta-feira, o National Labor Relations Board emitiu uma queixa acusando o Google de monitorar e questionar ilegalmente vários trabalhadores que foram despedidos por protestarem contra as políticas da empresa e tentarem organizar um sindicato.

O artigo de Timnit argumentou que as empresas de tecnologia poderiam fazer mais para garantir que os sistemas de IA destinados a imitar a escrita e a fala humana não exacerbassem os preconceitos históricos de gênero e o uso de linguagem ofensiva, de acordo com um rascunho visto pela Reuters.

Em seu e-mail para a equipe, Dean disse que o artigo não foi entregue à empresa para revisão em tempo hábil e foi submetido a uma conferência sem a permissão do Google. Ele também questionou algumas de suas conclusões, que ele disse depender de preocupações desatualizadas, incluindo sobre o impacto ambiental de um grande número de computadores processando dados.

    Tags:

  • Google
  • Twitter
  • inteligência artificial
  • internet
  • trabalho
  • racismo

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.

Assine o Estadão Já sou Assinante

Tendências

  • Macaco da Neuralink joga Pong com o 'poder da mente'; assista
  • Dados de 1,3 milhão de usuários do Clubhouse são expostos na internet
  • Uber Eats junta-se com Instagram e restaurantes poderão publicar stories
  • Vazamento de dados: veja tudo o que já sabemos sobre o caso
  • Bateria, sensores e potência: saiba como escolher um robô-aspirador de pó

Mais lidas

  • 1.O Terça Livre é só o começo
  • 2.Vazamento de dados: veja tudo o que já sabemos sobre o caso
  • 3.Neuralink, de Elon Musk, fez macaco jogar videogame com chip no cérebro
  • 4.De olho no setor industrial, Peerdustry recebe aporte de R$ 3 milhões
  • 5.LG anuncia estilo de vida mais inteligente
  • Meu Estadão
  • Fale conosco
  • assine o estadão
  • anuncie no estadão
  • classificados
  •  
  •  
  •  
  •  
  • grupo estado |
  • copyright © 2007-2021|
  • todos os direitos reservados. Termos de uso

compartilhe

  • Facebook
  • Twitter
  • Linkedin
  • WhatsApp
  • E-mail

Link permanente