PUBLICIDADE

Cofundador do WhatsApp 'bate ponto' no Facebook para garantir US$ 450 mi

Mesmo após deixar empresa em abril, Jan Koum ainda comparece a reuniões na companhia pelo menos uma vez por mês

Por Redação Link
Atualização:
Jan Koum, fundador e presidente executivo do WhatsApp Foto: Reuters

O cofundador e ex-presidente executivo do WhatsApp, Jan Koum, deixou o Facebook em abril, mas ainda comparece mensalmente a reuniões na antiga empresa. O motivo? Garantir que terá direito a uma bolada de US$ 450 milhões em ações da companhia de Mark Zuckerberg – é o que dizem fontes próximas ao tema, ouvidas pelo jornal americano Wall Street Journal, que publicou nesta quarta-feira, 15, uma reportagem sobre o assunto. 

PUBLICIDADE

É um acordo pouco usual, mas faz sentido: por ter vendido o WhatsApp ao Facebook em 2014 por US$ 22 bilhões, Koum teria direito a ações da rede social. Para garantir seu direito, porém, ele precisa permanecer na nova empresa por um tempo determinado – a prática é chamada de "vesting" e foi criada para garantir a continuidade estratégica de negócios, depois que eles são adquiridos. 

Ao deixar o comando do WhatsApp em abril, Koum teria perdido direito ao equivalente a US$ 450 milhões em ações, caso não tivesse feito um acordo com a rede social. É uma manobra cada vez mais comum no Vale do Silício, chamada de "rest and vest" (algo como "descanse e garanta", em tradução literal), na qual executivos ganham permissão para seguir "invisíveis" na empresa, até que tenham como recolher suas ações. 

Koum anunciou sua decisão de deixar o WhatsApp em 30 de abril, às vésperas da conferência de desenvolvedores do Facebook. Em uma publicação em sua página no Facebook, Koum disse que quer usar seu tempo livre para interesses fora da tecnologia. 

Na ocasião, porém, o jornal americano Washington Post apurou que ele decidiu sair após perder uma longa batalha com Zuckerberg e a diretora de operações do Facebook, Sheryl Sandberg, para manter o WhatsApp livre de anúncios e com alto nível de privacidade com os dados dos usuários. Desde então, porém, ele tem comparecido aos escritórios do WhatsApp, sediados em Menlo Park, na sede do Facebook no Vale do Silício, ao menos uma vez por mês – a última visita, diz o WSJ, foi em meados de julho. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.