Cofundador do WhatsApp sugere que usuários deletem Facebook

Brian Acton vendeu aplicativo de mensagens à empresa de Mark Zuckerberg por US$ 16 bilhões em 2014; mensagem é rara demonstração pública do empreendedor

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Por Redação Link
Atualização:
Brian Acton, cofundador do WhatsApp, deixou a empresa em 2017 Foto: Nilton Fukuda/Estadão

O cofundador do aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp Brian Acton fez uma rara demonstração pública nesta quarta-feira, 20: em sua conta no Twitter, ele sugeriu a qualquer pessoa que deletasse sua conta no Facebook. "É hora #deletefacebook", disse Acton na publicação, seu primeiro tuíte em um mês. 

O comentário é uma das demonstrações mais vigorosas do mercado de tecnologia até o momento, em meio ao escândalo em que o Facebook se envolveu nos últimos dias, depois que reportagens revelaram que a empresa Cambridge Analytica usou dados de 50 milhões de usuários da rede de forma ilícita.

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A manifestação ganha peso ainda pois Acton, cuja fortuna está avaliada em US$ 6,5 bilhões, vendeu o WhatsApp ao Facebook em 2014 por US$ 16 bilhões. Ele trabalhou junto do Facebook por três anos desde a venda, e deixou o WhatsApp no ano passado para se dedicar a causas sociais e de tecnologia. 

Ainda não está claro, porém, se seu comentário se estende ao aplicativo que criou ao lado do ex-colega de Yahoo, Jan Koum, que permanece à frente da empresa. Questionado pelo site The Verge sobre o assunto, Acton não se manifestou ainda sobre pedidos de entrevistas – o mesmo vale para o Facebook ou WhatsApp. 

No mês passado, porém, ele investiu US$ 50 milhões no Signal, um aplicativo de mensagens criptografadas que tem sido considerado uma alternativa independente ao WhatsApp. Acton, porém, não é o primeiro ex-executivo do Facebook a criticar sua ex-empresa – o mesmo já aconteceu com o ex-diretor de crescimento Chamath Palihapitiya e com o primeiro presidente da empresa, Sean Parker. 

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