Vendido por US$ 1 mil nos EUA e R$ 7 mil no Brasil, o smartphone iPhone X ajudou a Apple mais uma vez a bater recordes. Ontem, a empresa anunciou que teve faturamento de US$ 53,3 bilhões entre abril e junho deste ano – valor nunca antes alcançado pela empresa no período, que compreende o terceiro trimestre de seu ano fiscal. Na comparação com o mesmo período de 2017, a alta foi de 17%. Já o lucro ficou em US$ 11,52 bilhões, crescimento de 32% contra 2017.
Os números fazem parte dos resultados financeiros divulgados pela empresa ontem. No relatório, a companhia disse ainda que vendeu 41,3 milhões de iPhones no período – número apenas 1% superior ao do ano passado. Já a receita com as vendas do smartphone foram 20,4% maiores que as realizadas entre abril e junho de 2017.
“Nosso crescimento tem muita relação com a adoção do iPhone no modelo X”, disse ontem Luca Maestri, diretor financeiro da Apple, durante conferência com investidores.
Mercado. Para analistas, é um sinal de que a Apple agiu certo na estratégia de criar aparelhos mais caros – algo que muitos duvidavam, quando o iPhone X foi lançado, de que fosse dar certo. Modelo mais simples da empresa, o iPhone 8 custa US$ 679 nos EUA. “A lição aprendida hoje é que, com um celular de US$ 1 mil, é possível vender menos aparelhos e ainda ter benefícios financeiros”, disse o analista Thomas Forte, da consultoria D. A. Davidson & Co, à agência Reuters.
Os bons resultados empolgaram os investidores, levando as ações da empresa a operarem com alta de 4% após o fechamento do mercado. Foi uma sessão de alívio após o mau momento, nas últimas semanas, de empresas de tecnologia como Facebook, Twitter e Netflix.
O desempenho, porém, não foi suficiente para fazer a empresa ultrapassar a marca histórica de US$ 1 trilhão em valor de mercado – algo bastante aguardado pelos analistas. Com a alta após o fim do pregão, a Apple segue como a empresa com maior valor de mercado do mundo, avaliada em cerca de US$ 970 bi. É seguida por Amazon (US$ 866 bi) e Alphabet (US$ 846 bi).
Serviços. Outro destaque nos resultados financeiros da empresa foi o crescimento da receita de sua divisão de serviços, que inclui a loja de aplicativos Apple Store, a plataforma de armazenamento na nuvem iCloud e o serviço de streaming Apple Music. Ao todo, a divisão faturou US$ 9,55 bilhões no período entre abril e junho, em alta de 31% contra 2017.
Já o setor de vestíveis da empresa, que incluem o relógio inteligente Apple Watch e o fone de ouvido AirPod, viu aumento de 60% nas vendas no trimestre. Para a Apple, é um dos setores mais promissores da empresa. “Ainda não atendemos a toda a demanda e capacidade desse setor”, disse Maestri.
A empresa também empolgou os investidores com suas previsões para o futuro – no próximo trimestre, que deve incluir as vendas do próximo modelo de iPhone, a empresa espera ter receita de US$ 62 bilhões.
Tradicionalmente, a fabricante costuma anunciar novos modelos de seus smartphones na primeira quinzena de setembro. A expectativa entre analistas é de que a empresa anuncie três modelos – um deles, tão ou mais caro que o iPhone X.