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Conheça a ferramenta de IA que permite animar fotos de rosto antigas

Nas redes sociais, pessoas estão ‘trazendo à vida’ parentes e personagens históricos

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Por Guilherme Guerra
Atualização:
Ferramenta da My Heritage permite animar fotos estáticas graças à inteligência artificial Foto: Reprodução/My Heritage

Fotografias que se movem não são mais coisa dos filmes de Harry Potter. A startup americana My Heritage, especializada em analisar o histórico familiar dos clientes, lançou uma ferramenta gratuita para o usuário animar fotos antigas do rosto de qualquer pessoa — como aquele retrato do seu bisavô perdido no álbum de família.

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A My Heritage usa a tecnologia da empresa D-ID para reconstituir o vídeo por meio de inteligência artificial (IA). Ao contrário do que ocorre com a maioria das utilizações em IA, a ferramenta não fica mais precisa conforme o uso porque a empresa utiliza drivers pré-definidos para dar realismo com gestos e movimentos fixos e assim animar o vídeo por meio de uma única foto enviada. O recurso foi batizado de Deep Nostalgia (nostalgia profunda, em tradução livre), brincadeira com o nome “deep fake”, que se refere a vídeos criados por inteligência artificial.

Para usar o Deep Nostalgia, é preciso se cadastrar na My Heritage. A função gratuita tem limite de fotos podem ser animadas, mas a versão paga é ilimitada.

Em 2019, a Samsung publicou em artigo científico que havia desenvolvido um software que gerava figuras tridimensionais a partir de imagens estáticas. Mas só agora a tecnologia, por outra empresa, bombou.

“Essa ferramenta pega uma única foto de duas dimensões e aí a inteligência artificial consegue animá-la como se fosse um vídeo da época. Por enquanto, faz movimentos pré-determinados, mas já existe viabilidade tecnológica para fazer movimentos mais diversificados, mas ainda não está implementado nessa plataforma em particular”, explica, Anderson Soares, coordenador do Centro de Excelência em Inteligência Artificial da Universidade Federal de Goiás (UFG). 

O especialista afirma ainda que, além do foco em vídeos, já existe tecnologia suficiente para reconstituir a voz das pessoas, como fazem plataformas como a brasileira Cybervox, que precisa de um áudio de base para imitar sons e palavras do indivíduo. “Estamos entrando em uma era em que, se você tem a voz da pessoa, você vai animar a foto da pessoa com a voz dela”

Nessa seara, podem ser vistos experimentos em pequena escala com as novas gerações de deep fakes. Na última semana, viralizou na rede social TikTok vídeos falsos com o ator americano Tom Cruise, que é quase idêntico ao original.

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Na internet, as pessoas têm se divertido animando fotos de parentes antigos e de personalidades históricas.

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