Conteúdo original ajuda Netflix a chegar a 110 milhões de assinantes

Séries como 'Stranger Things' e 'The Crown' impulsionaram crescimento da empresa, que ganhou 6,5 milhões de assinantes em todo o mundo entre outubro e dezembro; valorização na bolsa fez empresa chegar a US$ 100 bi

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Por Bruno Capelas
Atualização:
Séries originais ajudaram empresa a ter bom resultado nos últimos meses Foto: Netflix

A Netflix alcançou a marca de 110,6 milhões de assinantes em todo o mundo no final de 2017. Segundo dados divulgados pela empresa em seu resultado financeiro para o período entre outubro e dezembro de 2017 nesta segunda-feira, 22, o serviço de streaming ganhou 6,4 milhões no período, graças ao bom desempenho de séries como 'Stranger Things' e 'The Crown', que estrearam no 4º trimestre. 

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O resultado surpreendeu os analistas, que esperavam que a empresa ganhasse 5,1 milhões de assinantes entre outubro e dezembro do ano passado. Com a notícia, as ações da empresa subiram cerca de 9% na bolsa de valores Nasdaq após o fim do pregão desta segunda-feira, sendo negociadas a US$ 248,78. Com a valorização, a Netflix bateu pela primeira vez a marca de US$ 100 bilhões em valor de mercado. 

O desempenho da Netflix foi especialmente bom no mercado internacional, onde ganhou 5,2 milhões de novos usuários pagantes. Ao todo, a Netflix tem hoje 57,8 milhões de assinantes globais, contra 52,8 milhões de assinantes nos Estados Unidos – a primeira vez que a estatística "internacional" superou a norte-americana foi em setembro de 2017. Desde janeiro de 2016, a Netflix está disponível em quase todos os países do mundo – fica fora apenas de Cuba, China, Chechênia, Coreia do Norte e Síria. 

Para o próximo trimestre, a empresa prevê que terá 8,5 milhões de novas assinaturas, impulsionada pelas novas temporadas de séries como Love, Jessica Jones, Carbono Alterado e Grace & Frankie. A empresa diz ainda que pretende investir US$ 2 bilhões em marketing e US$ 1,3 bilhão em desenvolvimento de tecnologia ao longo de 2018. 

Entre outubro e dezembro de 2017, a empresa teve receita de US$ 3,2 bilhões, em crescimento de 32,6% na comparação com o mesmo período do ano passado, e lucro de US$ 186 milhões. Para o próximo trimestre, a previsão é de que o lucro suba para US$ 282 milhões; já o faturamento deve ficar em US$ 3,7 bilhões. 

Concorrência. Na carta aos investidores, o presidente executivo da empresa, Reed Hastings, ressaltou ainda a movimentação no setor de serviços de streaming, destacando a compra da Fox pela Disney. Com o negócio, ainda sob aprovação nos Estados Unidos, a empresa do Mickey Mouse deve lançar um serviço de streaming em 2019, provavelmente apoiado na estrutura do já existente Hulu. 

"O mercado para entretenimento é vasto e tem espaço para diversos serviços. Além disso, cada serviço pode ter seu próprio conteúdo único", ressaltou Hastings. A empresa anunciou ainda a chegada de Rodolphe Belmer, ex-presidente da francesa Canal+, ao seu conselho de administração. 

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