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Creditas lança serviço de antecipação salarial

Após oferecer empréstimo consignado a funcionários de empresas parcerias, startup abre nova frente de negócios; será possível antecipar até 40% do salário, sem pagamento da tarifas

Por Bruno Capelas
Atualização:

A fintech de crédito Creditas lança nesta segunda-feira, 27, um novo serviço que pode ajudar muitos brasileiros que veem o salário acabar antes do final do mês. A partir desta data, funcionários de algumas empresas que já são parceiras da startup no serviço de empréstimo consignado poderão ter a chance de antecipar até 40% de seu salário durante o mês. 

Para as pessoas físicas, o benefício será de ter o dinheiro na mão na hora mais necessária, enquanto os empregadores deixarão de precisar dispor de seu caixa para ajudar o empregado – a operação será toda custeada pela Creditas. A antecipação poderá ser feita com base nos dias que o funcionário já trabalhou naquele mês, sem ter de esperar até o quinto dia útil do mês seguinte para receber. 

Ramires Paiva évice-presidente da área de crédito consignado da Creditas Foto: Creditas

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“É um modelo que já é bem consolidado nos EUA e no México e aqui no Brasil está começando a ser formalizado”, afirma Ramires Paiva, vice-presidente da área de crédito consignado da Creditas. Entre as empresas que já atuam com esse modelo aqui no Brasil, estão a Xerpa, especializada na área de recursos humanos e que já recebeu aportes de nomes como David Vélez, CEO do Nubank, e fundos como Kaszek e Redpoint. 

Segundo Paiva, o serviço da Creditas não terá custo para empresas ou funcionários. “A ideia é que não tenha tarifa, a menos que o funcionário passe a usar a antecipação de forma recorrente”, afirma. Neste segundo caso, a empresa estuda cobrar uma taxa fixa pela antecipação, entre R$ 5 e R$ 20. 

Segundo Paiva, a ideia da empresa é de conseguir se aproximar mais dos funcionários, aumentando a presença da Creditas na vida das pessoas – em testes com alguns clientes, a startup viu a antecipação salarial ser usada por até 70% da base de funcionários de uma companhia. “Se o funcionário começa a antecipar demais o salário, é possível que ele tenha algum problema pessoal e aí podemos oferecer outros produtos, em vez de que ele tenha de entrar em cheque especial ou cartão de crédito, que têm juros altos”, explica. 

De acordo com Paiva, a expectativa é de que um terço das empresas que têm parceria da Creditas para crédito consignado comece a usar a antecipação salarial no próximo trimestre. “É algo que envolve negociação de várias partes, porque envolve a empresa e o funcionário. Esperamos que esse número cresça em breve”, afirma o executivo, que chegou à Creditas há cerca de um ano – ele era o cofundador da Creditoo, startup de crédito consignado comprada pela fintech em agosto de 2019. 

Segundo Paiva, a empresa conseguiu navegar bem os primeiros meses da crise causada pelo coronavírus. “Tínhamos um risco de inadimplência no crédito consignado, tanto pelas pessoas não pagarem como pelo risco de demissões, mas não tivemos nenhum comportamento atípico”, afirma. “Agora, estamos a todo vapor para que a gente consiga avançar nas nossas três frentes, já que vemos que há uma demanda forte por crédito no mercado.” Além do crédito consignado, a Creditas também atua com empréstimos com base em garantia de imóveis e de veículos, suas duas primeiras frentes de negócio. 

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