Crescimento das assinaturas do 'New York Times' desacelera após o 'boom' de 2020

Jornal americano teve o menor ganho de novos assinantes digitais desde o terceiro trimestre de 2019

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Por Agências
Atualização:
Maior jornal do mundo, o 'NYT' desacelera crescimento em 2021 Foto: Shannon Stapleton/Reuters

O crescimento das assinaturas do jornal americano The New York Times foi o mais lento em mais de um ano, depois de um 2020 dominado por histórias sobre as eleições nos Estados Unidos, agitações civis e a crise do novo coronavírus. A empresa divulgou nesta quarta-feira, 5, que teve 301 mil novos assinantes digitais no primeiro trimestre deste ano, o menor ganho desde o terceiro trimestre de 2019.

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Isso aconteceu apesar dos esforços do Times para aumentar seus produtos digitais, incluindo notícias, jogos, culinária e aplicativos de podcast, que o ajudaram a arrecadar centenas de milhares de assinantes nos últimos anos.

No final de março, o Times tinha mais de 7,8 milhões de assinaturas digitais e impressas - com cerca de 7 milhões de assinaturas apenas online, das quais 75% vieram de seu principal produto de notícias. Seu negócio na internet tem sido um farol para outros jornais em uma indústria em dificuldades, devastada pelos gigantes da tecnologia Google e Facebook, que desviaram verbas publicitárias online de portais de notícias e distribuíram artigos informativos sem pagar os meios de produção.

"Em fevereiro e março, nossas audiências diminuíram de suas máximas históricas no ano passado e vimos menos adições de assinaturas líquidas na última parte do trimestre", disse a presidente-executiva, Meredith Kopit Levien. "Nós esperamos que o crescimento moderado continue durante o segundo trimestre, tradicionalmente o mais fraco do ano." 

A receita de assinatura apenas digital, a maior fonte de receita da empresa, cresceu 38%, para US$ 179,6 milhões no trimestre. O Times espera que cresça cerca de 30% no segundo trimestre em comparação com o mesmo período do ano anterior. 

A receita cresceu 6,6%, para US$ 473 milhões, em comparação com a estimativa média dos analistas de US$ 463,3 milhões, de acordo com dados IBES da Refinitiv.

Excluindo itens, a empresa registrou um lucro de 0,26 dólar por ação, superando as estimativas anteriores de 0,14 dólar.

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