Criador do Oculus Rift trabalha em startup para vigiar fronteiras

Após apoiar Trump, Palmer Luckey está trabalhando para desenvolver tecnologias para monitorar movimento em fronteiras

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Por Redação Link
Atualização:
Palmer Luckey, criador do Oculus Rift, mostra os controles Oculus Touch em uma conferência na Califórnia Foto: Robert Galbraith/Reuters

Após anunciar sua saída da startup de realidade virtual Oculus,o executivo Palmer Luckey disse que trabalharia nos bastidores e em alguns outros projetos envolvendo games. No entanto, de acordo com uma reportagem publicada pelo jornal The New York Times no último domingo, 4,Luckey entrou em um novo desafio: ele decidiuusar seus conhecimentos paradesenvolver tecnologias para uma startup de monitoramente do fronteiras.

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De acordo com fontes anônimas ouvidas pelo jornal, a startup — que ainda não teve nome e maiores informações reveladas — deverá construir equipamentos para vigiar fronteiras entre países e proteger bases militares. Tudo isso faria parte de um grande investimento de Peter Thiel, bilionário que atua como conselheiro do presidentedos Estados Unidos, Donald Trump, que tem grande interesse em monitorar a entrada de estrangeiros no País.

Por meio de uma declaração por e-mail enviada ao The New York Times, Palmer Luckey confirmou que já está trabalhando em uma nova empresa. "Estamos gastando mais do que nunca em tecnologia de defesa, mas o ritmo da inovação diminui há ano", escreveu o executivo. "Precisamos de novos tipo de empresa de defesa, que economizarão dólares dos contribuintes, criando tecnologia superior para manter nossas tropas e cidadãos mais seguros".

Histórico. A aproximação de Luckey com interesses de Trump e tecnologia para defesanão é surpresa para o meio empreendedor dos EUA.O executivo americano apoiou o político republicano e, até mesmo,foi acusado de fazer doações secretas a uma iniciativa destinada a publicar piadas e memes contra Hillary Clinton, rival a Trump nas eleições. Com isso, acabou sendo desligado da Oculus, que é de responsabilidade do Facebook desde 2014, em uma transação de US$ 2 bilhões.

Além disso, Luckey sempre gostou de tecnologias para defesa: em suas propriedades nos EUA, o empreendedor possui, dentre outras coisas, instalações para lançamento de mísseis e veículos militares, comprados como peças de colecionador.

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