Dados de 3 milhões de brasileiros são vazados por empresa de testes de DNA

Companhia MyHeritage é especializada em fazer testes de DNA, árvores genealógicas e histórico familiar; empresa diz que apenas e-mails foram comprometidos

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Por Mariana Lima
Atualização:
Site iraelense MyHeritage é investigado por supostamente ter deixado vazar dados de 3 milhões de brasileiros Foto: MyHeritage

Informações pessoais de mais de 3 milhões de brasileiros foram vazados do banco de dados do site israelense MyHeritage, especializado em fazer testes de DNA, árvores genealógicas e histórico familiar. O vazamento aconteceu em outubro de 2017 e está sendo investigado pela Comissão de Proteção de Dados Pessoais do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). O caso corre em sigilo.

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No último dia 10, o MPDFT enviou um documento com 12 questões para serem respondidas pela MyHeritage. Entre elas, o promotor de Justiça Frederico Meinberg Ceroy, coordenador da Comissão, pede que a empresa indique se dados pessoais de clientes ou funcionários foram comprometidos, quantos clientes menores de idade foram afetados e se houve uma investigação interna.

Nesta quarta-feira, 29, o Ministério Público afirmou por meio de nota que a empresa confirmou que dados de 3,4 milhões de brasileiros foram afetados por um incidente de segurança. Dentre os afetados, 107 mil eram menores de idade quando houve o vazamento, no ano passado. Por enquanto, o MPDFT pede que os clientes e cadastrados na MyHeritage troquem suas senhas de acesso a plataforma.

Segundo a nota, a empresa diz que informações pessoais como nomes, endereços, números de cartões de crédito ou dados referente ao DNA dos clientes não foram afetados porque estavam criptografados. Os criminosos teriam tido acesso apenas a lista de e-mails. O Estado tentou contato com a empresa pelo telefone disponível no site da companhia, mas não teve sucesso.

A empresa chegou a ser investigada pela Autoridade de Dados Israelense (Israeli Privacy Protection Authority, em inglês), mas o caso foi arquivado depois que o órgão ter entendido que não houve violação da lei de Israel. 

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