Dados de 443 mil brasileiros no Facebook foram compartilhados com Cambridge Analytica
País está entre os dez maiores afetados pelo uso ilícito de dados pela consultoria, divulgou o Facebook nesta quarta-feira
Por Redação Link
Atualização:
O Facebook divulgou nesta quarta-feira, 5, que dados de 443.117 usuários brasileiros "podem ter sido compartilhados indevidamente" com a consultoria Cambridge Analytica, que os utilizou para influenciar a opinião pública em eventos como a eleição presidencial dos Estados Unidos em 2016.
É a primeira vez que o Facebook revela quais foram os países mais afetados pelo uso indevido de aplicativos para a obtenção de dados pessoais pela consultoria. Territórios como Filipinas, Indonésia e Reino Unido, por sua vez, tiveram informações de mais de 1 milhão de contas varridas. Segundo Schroepfer, os usuários que foram afetados serão avisados a partir de segunda-feira, 9.
A história do Facebook em 30 fotos
1 / 22A história do Facebook em 30 fotos
Prólogo
Em 28 de outubro de 2003, Mark Zuckerberg lança o Facemash, um predecessor do Facebook. Usando fotos do sistema de alunos de Harvard, o site pedia aos... Foto: ReproduçãoMais
Início
Em 4 de fevereiro de 2004, quatro estudantes de Harvard fundam uma rede social voltada para estudantes da universidade,o Thefacebook: Mark Zuckerberg,... Foto: DivulgaçãoMais
Investimentos
Em junho de 2004, a rede social já havia se expandido para outras universidades e recebeu seu primeiro investimento, feito pelo investidor Peter Thiel... Foto: NYTMais
Plágio
Em 2004, os ex-colegas de Mark Zuckerberg em Harvard, os irmãos Cameron e Tyler Winklevoss entram com uma ação judicial contra o Facebook, alegando qu... Foto: NYTMais
1 milhão de amigos
Com Sean Parker na presidência, o Facebook conquista 1 milhão de usuários em 30 de dezembro de 2004. Meses depois, a empresa transfere sua sede para u... Foto: NYTMais
'Não, não, não'
Em março de 2006, o Yahoo oferece US$ 1 bilhão para comprar o Facebook, mas Mark Zuckerberg rejeita a proposta. Foto: NYT
Feed de notícias
Em setembro de 2006, o Facebook lança o News Feed (Feed de Notícias, em português): uma página que se atualizava automaticamente através de um algorit... Foto: ReproduçãoMais
Para menores
Inicialmente voltado para universitários de faculdades de renome nos Estados Unidos, o Facebook se abre, em setembro de 2006,para qualquer usuário a p... Foto: ReutersMais
Abertura
Em 2007, buscando superar rivais como o MySpace, o Facebook abre sua plataforma de dados (API, na sigla em inglês) para desenvolvedores criarem aplica... Foto: ReutersMais
Microsoft
Em outubro de 2007, a Microsoft adquire 1,4% das ações do Facebook, o que faz a empresa ser avaliada em US$ 15 bilhões. Foto: Reuters
Tchau, Myspace
Maior rede social do mundo até 2009, o MySpace é destronado da liderança pelo Facebook em maio daquele ano: segundo números da ComScore, a rede social... Foto: EstadãoMais
Fazenda Feliz
Lançado pela Zynga em 2010, FarmVille se torna o primeiro grande game a ser jogado dentro do Facebook. O jogo tinha um objetivo simples: o usuário ass... Foto: ReproduçãoMais
Curtida
Em junho de 2010, a empresa lança uma de suas marcas registradas: o botão de "Like" – aqui no Brasil, o like é chamado de curtida. Em Portugal, ele é ... Foto: ReutersMais
A Rede Social
Estreia em outubro de 2010 o filmeA Rede Social, que conta a história dos primeiros anos do Facebook. O filme, dirigido por David Fincher (Seven)e com... Foto: ReproduçãoMais
Mensageiro
Em 9 de agosto de 2011, o Facebook lança o Facebook Messenger: inicialmente um substituto para o chat interno que havia na rede social, o Messenger se... Foto: ReutersMais
Linha do tempo
Em setembro de 2011, o Facebook introduz a Linha do Tempo (Timeline), uma função que alterava os perfis dos usuários: no lugar de informações detalhad... Foto: ReproduçãoMais
Abertura de capital
Em 18 de maio de 2012, o Facebook realiza sua abertura de capital na bolsa de valores Nasdaq, em Nova York: com preços iniciais de US$ 38, as ações da... Foto: ReutersMais
'Bota no Insta'
Criado pelo americano Kevin Systrom e pelo brasileiro Mike Krieger, a rede social de fotografias Instagram é comprada pelo Facebook por US$ 1 bilhão e... Foto: NYTMais
Internet.org
Em parceria com seis empresas (Samsung, Ericsson, MediaTek, Nokia, Opera e Qualcomm), Mark Zuckerberg lança o Internet.org em agosto de 2013. A intenç... Foto: ReutersMais
Zap Zap
Em fevereiro de 2014, o Facebook anunciou a aquisição do WhatsApp, um dos principais aplicativos de mensagem da atualidade, por US$ 21,8 bilhões (em v... Foto: ReutersMais
Reações
O velho botão de curtir ganhou novos companheiros em abril de 2016: desde então, as pessoas podem reagir às publicações dos amigos com "Amei", "Haha" ... Foto: ReutersMais
Feed de Notícias
Criticado pela disseminação de notícias falsas, o Facebook decidiu reagir em janeiro de 2018: naquele mês, a empresa disse que iria alterar seu algori... Foto: ReutersMais
Entenda o caso. Reportagens dos jornais The New York Times e The Observer, de Londres, revelaram que a empresa de inteligência Cambridge Analytica colheu informações privadas de mais de 50 milhões de usuários do Facebook, em um esforço para beneficiar a campanha eleitoral do presidente americano, Donald Trump, em 2016.
A empresa britânica de inteligência digital coleta e relaciona dados para ações de marketing digital feitas por companhias e políticos. No caso em questão, ela usou o método para desenvolver ações para influenciar o cenário político americano e favorecer Trump.
Atingir o objetivo só foi possível graças a uma parceria com outra empresa, a também britânica Global Science Research, liderada por Aleksandr Kogan, pesquisador da Universidade de Cambridge. Ele criou um quiz online, chamado This is your digital life (Esta é sua vida digital), que exigia que as pessoas conectassem sua conta do Facebook para ser acessado. Isso permitiu que o quiz de Kogan obtivesse informações pessoais dos usuários da rede social e de seus amigos.
Os dados obtidos por meio do teste foram vendidos pela Global Science à Cambridge Analytica, numa clara violação aos termos de uso do Facebook. Isso permitiu que a empresa de inteligência cruzasse dados com outras fontes e chegasse a um perfil preciso das pessoas, usado para enviar mensagens direcionadas – incluindo notícias falsas – para influenciar votos.