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Desenvolvedores ignoram crise do Facebook durante conferência

Empresa espantou receio de que poderia ter fuga de parceiros; discursos em prol de ‘coisas novas’ fortaleceram vínculo

06/05/2018 | 05h00

  •      

 Por Bruno Capelas, enviado especial para San Jose (EUA)* - O Estado de S. Paulo

Conferência anual do Facebook trouxe novidades aos desenvolvedores

Jason Henry/ The New York Times

Conferência anual do Facebook trouxe novidades aos desenvolvedores

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O Facebook viveu um clima de “lua de mel” com os desenvolvedores de aplicativos em seu primeiro grande evento público desde o começo do escândalo da Cambridge Analytica. Na conferência voltada justamente às companhias e startups que criam aplicativos baseados na plataforma, o que se viu foi um clima de confiança mútuo entre as partes, muito mais focado em pensar o futuro do que no presente conturbado.

Não era o esperado: desde o início da polêmica da Cambridge Analytica, na metade de março, o Facebook aumentou as restrições para desenvolvedores coletarem e usarem dados de seus usuários, e chegou até a suspender, por algumas semanas, a aprovação de novas versões de aplicativos e jogos. Foi uma estratégia arriscada: a rede social depende dos desenvolvedores para manter a atenção dos usuários na plataforma; por outro lado, os parceiros também precisam do Facebook para chegar ao seu público-alvo. 

“Muitos desenvolvedores ficaram bravos quando seus aplicativos pararam de funcionar por algumas semanas só porque o Facebook mudou as regras”, diz Juan Pablo Ortega, gerente-geral da startup colombiana Rappi no México.

Alguns desenvolvedores chegaram até a corrigir a rota de desenvolvimento de produtos após o escândalo. André Penha, cofundador da startup brasileira Quinto Andar, que intermedeia a relação entre proprietários de imóveis e inquilinos residenciais, colocou um freio nos planos de pedir aos usuários para utilizar dados do Facebook para análise de crédito. “É algo que pode substituir o pedido para ver o imposto de renda do usuário, mas que decidimos postergar”, diz o executivo.

Na F8, o momento mais aplaudido do discurso de abertura feito por Mark Zuckerberg foi quando ele anunciou à comunidade presente que as revisões de novos aplicativos estavam novamente disponíveis – mais até do que quando disse que todos ganhariam óculos de realidade virtual novos. “Estamos reabrindo esse processo para que vocês todos possam seguir em frente e criar coisas novas”, disse o executivo, sob gritos da plateia, composta por milhares de pessoas – a maioria delas pagou um ingresso de US$ 595 para participar do evento. 

Elogios. A postura de Zuckerberg na conferência, buscando mirar o futuro, foi elogiada por desenvolvedores. “Gostei da postura dele de querer continuar construindo coisas novas. Ele não empurrou a sujeira para debaixo do tapete e falou dos problemas, mas olhou para o futuro”, disse Eduardo Henrique, cofundador e diretor de novos negócios da Movile, dona de apps como iFood e Playkids. 

Para ele, o caso da Cambridge Analytica serviu como aprendizado para todos. “Proteção de dados é um tema que precisa estar na nossa pauta”, diz. “Por outro lado, gosto de pensar que é impossível a inovação acontecer se não estivermos dispostos a correr riscos, errar e dar passos atrás para corrigi-los.”.

* O repórter viajou a San José (EUA) a convite do Facebook.

    Tags:

  • Facebook
  • Cambridge Analytica
  • rede social

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