Diretor de segurança do Facebook anuncia data de saída do cargo

Alex Stamos afirmou que deixará a empresa no dia 17 de agosto para assumir curso de cibersegurança da Universidade de Stanford

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Por Agências
Atualização:
Alex Stamosanunciou saída em março e oficializou que deixará o cargo no próximo dia 17 para assumir posto na Universidade de Stanford Foto: Reuters/Steve Marcus

O diretor de segurança do Facebook, Alex Stamos, anunciou nesta quinta-feira, 2, que deixará o cargo no dia 17 de agosto para se tornar professor adjunto da Universidade de Stanford. "É fundamento que nós, como indústria, cumpramos com nossa responsabilidade coletiva de considerar o impacto do que construídos", disse Stamos, em comunicado interno obtido pela reportagem. "Espero seguir colaborando com as equipes de segurança do Facebook."

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Stamos explicou que assumirá em setembro, início do ano letivo americano, um curso de cibersegurança no Instituto Freeman-Spogli para Estudos Internacionais da Universidade de Stanford. Além disso, o diretor de segurança trabalhará como pesquisador do Instituto Hoover, novo think tank da instituição.

O anúncio da data oficial da saída de Stamos ocorre um dia após o Facebook detectar uma suposta campanha de desinformação para influenciar as eleições legislativas americanas de novembro. A empresa fechou 32 contas na rede social e também no Instagram relacionadas com o caso.

Apesar de afirmar que deixa o Facebook apenas para assumir o posto de professor universitário, o The New York Times revelou em janeiro que o diretor de segurança enfrentava desacordos internos sobre como a rede social deveria lidar com a difusão de desinformações na plataforma. Segundo as fontes consultadas pelo jornal, Stamos foi um forte defensor das investigações e divulgação da suposta ingerência russa no Facebook.

A rede social fundada por Mark Zuckerberg está no centro das atenções devido ao uso da plataforma para a difusão de notícias falsas com o objetivo de influenciar o resultado das eleições presidenciais americanas. Investigações federais apontam que a ingerência havia sido provocada por mais de 3 mil anúncios pagos por contas falsas supostamente criadas por russos. 

Outro escândalo que atingiu a empresa foi o uso dos dados de milhares de usuários pela empresa de consultoria Cambridge Analytica. A revelação abalou a reputação, a imagem pública e as projeções econômicas do Facebook. Na semana passada, a empresa sofreu uma perda histórica de US$ 119 bilhões - a maior queda diária na história da Wall Street.

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