Disney eleva oferta pela Fox para US$ 71,3 bilhões

Empresa do Mickey trava luta com a Comcast para assumir estúdios de TV e cinema e do grupo de Rupert Murdoch

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Por Redação Link
Atualização:
Bob Iger, presidente executivo da Disney: queda-de-braço com a Comcast Foto: Gary Cameron/Reuters

A Disney elevou ontem sua oferta para comprar ativos da Fox para US$ 71,3 bilhões, combinados entre ações e dinheiro. A proposta adiciona mais um capítulo à batalha que a empresa do Mickey Mouse vem travando com a rival Comcast para assumir o controle de boa parte dos estúdios de televisão e cinema da Fox, controlados hoje pelo magnata da mídia Rupert Murdoch e sua família. 

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A nova oferta supera em US$ 6,3 bilhões a proposta feita na semana pela Comcast, que controla marcas como NBC e Universal. Além disso, ao incluir ações da Disney na negociação, há um incentivo maior para o “sim” de Murdoch, que detém 17% das ações com direito a voto da Fox. Isso porque o bilionário deve receber grande cobrança tributária que pode ser gerada pela oferta toda em dinheiro feita pela Comcast. Já a proposta anterior da Disney, avaliada em US$ 52,4 bilhões, era toda em ações. 

Além disso, a Disney também propôs assumir cerca de US$ 13,8 bilhões em dívidas líquidas da Fox, o que levaria o total da possível transação para cerca de US$ 85 bilhões. Caso a negociação seja concluída, Murdoch ficará apenas com a Fox News e a Fox Sports, além das concessões de transmissão pública dos canais da empresa, em uma empresa que poderá ficar conhecida como “New Fox”. 

Em comunicado, a Fox afirmou que a nova oferta da Disney é “superior” à feita pela Comcast. A empresa afirmou que vai adiar uma assembleia extraordinária de acionistas para dar os investidores tempo de avaliar a oferta revisada da Disney. Já a empresa dona da NBC não se posicionou sobre o assunto. 

Disney e Comcast estão disputando os ativos de televisão e cinema da Fox em um momento em que as companhias tradicionais de mídia estão enfrentando competição mais intensa de rivais do ramo de tecnologia como Netflix, Apple e Amazon, que têm investido bilhões para produzir conteúdo e distribui-lo diretamente aos usuários. Além disso, há ainda no cenário a fusão entre a operadora AT&T e a empresa de mídia Time Warner, aprovada na semana passada. 

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