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Dona da Vivo, Telefônica prevê aumento de preços este ano

A empresa pretende aumentar os preços no segmento pós-pago em agosto e no plano controle no quarto trimestre

Por Agências
Atualização:
A dona da Vivo divulgou seus resultados no segundo trimestre Foto: Nacho Doce/Reuters

A Telefônica Brasil, dona da Vivo, planeja ampliar as receitas este ano por meio de reajustes nos preços de planos de telefonia móvel, disse nesta quarta-feira, 24, o presidente-executivo da companhia, Christian Gebara. A empresa pretende aumentar os preços no segmento pós-pago em agosto e no plano controle no quarto trimestre. 

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O objetivo da Telefônica Brasil é garantir uma recuperação econômica mais vigorosa nos próximos meses.“Estamos muito otimistas em relação ao país e ao segmento móvel no segundo semestre do ano”, disse Gebara a analistas e investidores em uma teleconferência para discutir os resultados do segundo trimestre – no período, os números da empresa superaram as expectativas do mercado, apesar de um tombo de 55% no lucro líquido.

O executivo afirmou que a operadora espera que as concorrentes sigam uma estratégia mais racional em relação aos preços, em especial no serviço pré-pago. A Telefônica Brasil também está apostando na venda de aparelhos para impulsionar a receita nos próximos meses, segundo Gebara.

“Estamos trabalhando em nosso estoque e esperamos competir com as varejistas”, contou.

Nesta terça-feira, 28, a Telefônica Brasil assinou um memorando com a operadora rival TIM para discutir o compartilhamento de infraestrutura no serviço móvel, com de possivelmente expandir a cobertura 4G para mais cidades. “Temos 90 dias para definir o alcance do acordo, então ainda é muito cedo para estimar o impacto disso no nosso negócio”, explicou o executivo.

A Telefônica Brasil também planeja participar de todos os leilões de espectro no próximo ano, incluindo o de frequência 5G, programado para março, informou o executivo, sem entrar em detalhes sobre os investimentos previstos para 2019.

Resultados

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No início desta quarta-feira, 24, a empresa registrou um lucro líquido de R$ 1,42 bilhão no segundo trimestre, acima da estimativa média de analistas de R$ 1,33 bilhão compilada pela empresa de dados Refinitiv, apesar da estagnação da receita e da acirrada concorrência no setor.

Analistas do Bradesco BBI consideraram os resultados da Telefônica Brasil em linha com as expectativas, mas destacaram a desaceleração em receitas de serviço móvel. “Continuamos céticos sobre a melhora significativa nesta frente, já que a Vivo precisa defender sua participação de mercado dominante no pós-pago, à medida que a TIM e a Claro melhoram suas operações”, escreveram os analistas em relatório divulgado nesta quarta.

As ações da Telefônica Brasil reverteram perdas anteriores e subiam 0,6%, a R$ 53,82. Até agora, neste ano, suas ações subiram mais de 23%, superando o desempenho da rival TIM, que avançou menos de 5% desde o começo de 2019.

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Na divisão de telefonia fixa, a Telefônica Brasil vê a receita média por usuário crescer com a expansão do serviço de banda larga conhecido como fiber-to-the-home (FTTH). "Seremos capazes de aumentar as margens no futuro ao levarmos a tecnologia FTTH para o maior número de cidades possível”, disse Gebara, observando que a empresa está disposta a avaliar alternativas para acelerar esse processo, incluindo o compartilhamento de infraestrutura com outras empresas.

Apesar do atual foco em crescimento orgânico, ele comentou que a empresa está avaliando as oportunidades de aquisição, incluindo a Copel Telecom, uma unidade da empresa de serviços públicos Copel, e a operadora estatal Sercomtel, ambas sediadas no sul do Brasil.

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