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Dona do Snapchat abre capital com valorização de 41%

Empresa de tecnologia tem maior IPO do setor desde o chinês Alibaba, em 2014; inicialmente cotadas a US$ 17, ações começaram a ser negociadas por US$ 24

02/03/2017 | 12h33

  •      

 Por Redação Link - O Estado de S. Paulo

Evan Spiegel (ao centro) e Bobby Brown, os cofundadores do Snapchat, tocam o sino para a abertura do pregão da bolsa de Nova York nesta quinta-feira, 2

Lucas Jackson/Reuters

Evan Spiegel (ao centro) e Bobby Brown, os cofundadores do Snapchat, tocam o sino para a abertura do pregão da bolsa de Nova York nesta quinta-feira, 2

Leia mais

  • Snapchat tem 158 milhões de usuários ativos diariamente
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  • Dona do Snapchat venderá suas ações por US$ 17 em IPO

A Snap, empresa que é dona do aplicativo de mensagens efêmeras Snapchat, abriu seu capital na manhã desta quinta-feira, 2, na bolsa de valores de Nova York – com direito até a Evan Spiegel, co-fundador e presidente executivo da empresa, a soar o sino de abertura do pregão. Inicialmente cotada a US$ 17 por ação, a empresa começou a ser negociada às 13h15 (horário de Brasília) desta quinta, a US$ 24 por papel – valorização de 41% na comparação com o preço inicial estipulado. Com o preço de US$ 24 por ação, a Snap está avaliada em US$ 33,3 bilhões. 

Apesar do mercado em Nova York começar a funcionar às 11h30 da manhã, as ações da Snap demoraram um pouco para começar a ser negociadas na bolsa local. Isso acontece porque investidores e vendedores de ações precisam encontrar um preço médio inicial para que as primeiras operações aconteçam – como se fosse um leilão. 

Em IPOs pequenos, isso costuma ser rápido. Não foi o caso aqui: a Snapchat vendeu 200 milhões de ações, no maior IPO do setor de tecnologia desde o Alibaba, em 2014. Naquela ocasião, as ações do Alibaba só começaram a ser vendidas às 14h (horário de Brasília). 

A expectativa dos investidores tem sido alta: segundo a agência de notícias Reuters, a demanda pelos papeis da Snap foi dez vezes maior que a oferta – em cenários desse tipo, é bastante possível que a empresa consiga boa valorização em seu primeiro dia listada na bolsa. A Snap vai vender 200 milhões de ações, e espera arrecadar cerca de US$ 3,4 bilhões em seu primeiro dia na bolsa de valores. 

Para analistas, o timing do IPO não poderia ser melhor – os investidores estão em buscas de oportunidades no setor de tecnologia, uma vez que 2016 foi um ano fraco para o setor em termos de aberturas de capital. O sucesso da dona do Snapchat poderia incentivar outras empresas a seguir o mesmo caminho. 

15 fatos sobre a história do aplicativo Snapchat

  •      
Snapchat

Foto: Reuters

O Snapchat foi criado pelo trio Reggie Brown, Evan Spiegel (à esquerda) e Bobby Murphy (à direita). Eles se conheceram, em 2008, na Universidade de Stanford, enquanto cursavam design de produtos.

Snapchat

Foto: Reproduçaõ

Logo após a ideia de Reggie Brown, o trio criou o app Pictaboo — que tinha a mesma função do Snapchat, mas com outro nome. Durante todo o verão de 2011, os jovens desenvolveram o app e criaram uma identidade visual, como o “fantasminha” do logotipo.

Snapchat

Foto: Reprodução/LinkedIn

A ideia do Snapchat surgiu em 2011, quando Reggie Brown disse que gostaria que as fotos que enviava para uma menina desaparecessem logo depois.

Snapchat

Foto: Reuters

O Pictaboo não deu certo. Conquistou apenas 127 usuários. Spiegel, então, pensou em chamar o app de Snapchat — algo como "conversas rápidas". Brown não gostou da ideia e acabou rompendo a amizade com Spiegel.

Snapchat

Foto: Reuters

O aplicativo, com o nome Snapchat, começa a fazer sucesso dentre os estudante do Ensino Médio nos Estados Unidos. Em 2012, a empresa já bateu 100 mil usuários.

Snapchat

Foto: Reuters

O aplicativo começa a fazer muito sucesso. Spiegel e Murphy passam a ter problemas em pagar os servidores, que ficam sobrecarregados. A empresa recebe um investimento de US$ 485 mil de Jeremy Liew, da Lightspeed Ventures.

Snapchat

Foto: AP

Com o dinheiro na conta, Spiegel desiste da faculdade de design de produto e fica focado apenas no Snapchat, que tinha acabado de lançar versão para Android.

Snapchat

Foto: NYT

Em fevereiro de 2013, o Snapchat já registrava mais de 60 milhões de vídeos e imagens enviados por dia.

Snapchat

Foto: AP

Dias depois do app, no final de 2013, atingir 150 milhões de snaps enviados ao dia, Brown reapareceu e processou a empresa por quebra de contrato, exigindo 20% das ações. O processo foi arquivado em 2014.

Snapchat

Foto: Reuters

Em novembro de 2013, Mark Zuckerberg, presidente executivo do Facebook, teria oferecido US$ 3 bilhões a Evan Spiegel pelo Snapchat. Spiegel recusou a oferta.

Snapchat

Foto: Reuters

Revoltado por recusar sua oferta, Zuckerberg começou a atacar o Snapchat com aplicativos e recursos com funcionalidades parecidas com as da rede social de Spiegel. O Snapchat contra ataca com recursos de filtros e notícias. No final de 2014, já está avaliado em US$ 10 bilhões.

Snapchat

Foto: Divulgação

Em 2016, o Snapchat aposta no mercado de vídeos e lança o Spectacles, um óculos que grava vídeos e os envia diretamente para o celular. Além disso, a empresa troca seu nome apenas para Snap.

Snapchat

Foto: NYT

Com quase 100 milhões de usuários ativos, o Snapchat recebe um investimento de US$ 1,81 bilhão em maio de 2016, elevando o valor da companhia para cerca de US$ 17 bilhões. Pouco antes, no início de 2016, a empresa já tinha levantado US$ 175 milhões.

Snapchat

Foto: Reuters

Os próximos planos da empresa são claros: abrir, em março de 2017, seu capital em uma oferta pública de ações (o IPO). O objetivo da empresa é chegar a um valor de mercado de US$ 25 bilhões.

Snap

Foto: Lucas Jackson/Reuters

Evan Spiegel (ao centro) e Bobby Brown, os cofundadores do Snapchat, tocam o sino para a abertura do pregão da bolsa de Nova York nesta quinta-feira, 2

Há, no entanto, uma controvérsia sobre o IPO da Snap: ao contrário do que acontece na maior parte das empresas listadas em bolsa, a companhia não vai vender a seus investidores ações ordinárias – isto é, com direito a voto nas decisões da companhia. O controle de votos vai ficar na mão dos co-fundadores Evan Spiegel e Bobby Brown: apesar de ficarem com apenas 45% das ações, eles terão 88,5% dos votos no conselho da empresa. 

Ontem, a Securities and Exchange Comission (entidade regulatória do mercado aberto nos EUA) disse que vai questionar a Snap por não vender ações ordinárias para seus investidores na bolsa. Mais do que uma simples questão de poder, há dúvidas sobre o grau de abertura de informações que a Snap poderá dar sobre suas operações em balanços trimestrais e anuais, disse o comissário da SEC Kurt Schacht, à agência de notícias Reuters. 

Câmera. No documento em que pediu sua inserção no mercado aberto, a Snap se define como uma "empresa de câmeras" e acredita que "reinventar a câmera fotográfica representa nossa maior oportunidade de mudar a maneira que as pessoas vivem e se comunicam". No entanto, a maioria dos investidores observa que a empresa ainda é "uma rede social", comparando-a com empresas como Twitter e Facebook. 

Fundada em 2011 como Snapchat, a Snap é responsável pelo aplicativo homônimo e já recebeu propostas de aquisição de companhias como Google e Facebook – esta última ofereceu a Evan Spiegel, co-criador do app, cerca de US$ 3 bilhões em dezembro de 2014.  Além do aplicativo, o único produto da empresa são os óculos Spectacles, que permitem a seu usuário gravar pequenos vídeos. 

Hoje, o Snapchat tem 158 milhões de usuários ativos diariamente. Além do número de usuários, a empresa divulgou no relatório em que pediu sua inserção na bolsa suas movimentações financeiras recentes. 

Segundo o documento, divulgado nesta quinta-feira, 2, a empresa teve prejuízo operacional de US$ 514,6 milhões ao longo do ano passado, faturando US$ 404 milhões. De acordo com a companhia, a receita cresceu 500% em comparação com o que foi faturado em 2015. Em 31 de dezembro de 2016, a empresa tinha 1.859 funcionários.

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