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Entenda o que está em jogo no depoimento de Zuckerberg no Congresso dos EUA

Sob pressão, presidente do Facebook deve assumir erros em escândalo de uso de dados e falar sobre esforços da rede social nas últimas semanas

10/04/2018 | 05h00

  •      

 Por Redação Link - O Estado de S. Paulo

Preparação. Nesta segunda-feira, 9, Zuckerberg vestiu terno e gravata em Washington para reuniões com parlamentares

Preparação. Nesta segunda-feira, 9, Zuckerberg vestiu terno e gravata em Washington para reuniões com parlamentares

Leia mais

  • Como saber se seus dados do Facebook foram usados pela Cambridge Analytica
  • Mark Zuckerberg assumirá erro em depoimento no Congresso dos EUA nesta terça
  • Zuckerberg tem encontro com parlamentares americanos um dia antes de ir ao Congresso, dizem fontes

O presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, vai falar nesta terça-feira, 10, na primeira das duas audiências que tem marcadas no Congresso dos EUA para esta semana. Sob forte pressão, o executivo deve assumir a responsabilidade pelos danos causados com o uso ilícito de dados de usuários da rede social pela consultoria Cambrigde Analytica, que pode ter influenciado as eleições americanas de 2016. 

“Foi um erro meu, me desculpe”, disse Zuckerberg, em uma prévia escrita de seu depoimento, encaminhada aos legisladores e revelada nesta segunda-feira, 9. No documento, Zuckerberg diz que a maior rede social do mundo, hoje com 2,13 bilhões de usuários, não fez o suficiente para impedir que suas ferramentas fossem usadas para causar danos. 

Segundo o Facebook, informações de pelo menos 87 milhões de usuários podem ter sido obtidas pela Cambridge Analytica a partir do teste psicológico This is Your Digital Life, do pesquisador Aleksandr Kogan. O escândalo foi revelado por reportagens dos jornais The Observer e The New York Times, há três semanas. A partir dos dados dos usuários, a Cambridge Analytica consegue desenvolver ações – no caso das eleições de 2016, com a meta de influenciar o cenário político americano e favorecer Donald Trump. 

Além disso, Zuckerberg deverá destacar falhas no uso do Facebook para a divulgação de notícias falsas (fake news) e comentar temas como discurso de ódio e privacidade de dados. Outro assunto importante será a interferência de estrangeiros – especialmente russos – nas eleições dos Estados Unidos, a partir de contas falsas e anúncios feitos no Facebook.

O depoimento deve marcar o início de uma longa queda de braço entre Washington e o Vale do Silício. Há muito se discute se empresas como Google e Facebook devem ser regulamentadas pelo uso que fazem de informações pessoais das pessoas, e a discussão ganhou temperatura com o recente escândalo. 

Nas últimas semanas, a ameaça de regulação causou temor nos investidores – desde a revelação do escândalo da Cambridge Analytica, há três semanas, o Facebook já perdeu US$ 80 bilhões em valor de mercado. Já o Google perdeu US$ 90 bilhões. 

A história do Facebook em 30 fotos

  •      
Prólogo

Foto: Reprodução

Em 28 de outubro de 2003, Mark Zuckerberg lança o Facemash, um predecessor do Facebook. Usando fotos do sistema de alunos de Harvard, o site pedia aos usuários que escolhessem qual era a garota mais ‘atraente’ entre duas opções. 

Início

Foto: Divulgação

Em 4 de fevereiro de 2004, quatro estudantes de Harvard fundam uma rede social voltada para estudantes da universidade, o Thefacebook: Mark Zuckerberg, Chris Hughes, Dustin Moskowitz e o brasileiro Eduardo Saverin. 

Investimentos

Foto: NYT

Em junho de 2004, a rede social já havia se expandido para outras universidades e recebeu seu primeiro investimento, feito pelo investidor Peter Thiel. Além disso, Sean Parker (na foto), co-fundador do Napster, assume a presidência da empresa. 

Plágio

Foto: NYT

Em 2004, os ex-colegas de Mark Zuckerberg em Harvard, os irmãos Cameron e Tyler Winklevoss entram com uma ação judicial contra o Facebook, alegando que a empresa é o plágio de uma ideia dos gêmeos. A ação continuou na Justiça americana até 2011, quando os gêmeos retiraram o processo. 

1 milhão de amigos

Foto: NYT

Com Sean Parker na presidência, o Facebook conquista 1 milhão de usuários em 30 de dezembro de 2004. Meses depois, a empresa transfere sua sede para um escritório em Palo Alto, na Califórnia – e Zuckerberg abandona de vez os estudos em Harvard. 

'Não, não, não'

Foto: NYT

Em março de 2006, o Yahoo oferece US$ 1 bilhão para comprar o Facebook, mas Mark Zuckerberg rejeita a proposta. 

Feed de notícias

Foto: Reprodução

Em setembro de 2006, o Facebook lança o News Feed (Feed de Notícias, em português): uma página que se atualizava automaticamente através de um algoritmo, mostrando as novidades nas atividades dos amigos do usuário. É um conceito novo para o período – o Twitter, que trabalhava a ideia em tempo real, havia sido lançado apenas há alguns meses. 

Para menores

Foto: Reuters

Inicialmente voltado para universitários de faculdades de renome nos Estados Unidos, o Facebook se abre, em setembro de 2006, para qualquer usuário a partir dos 13 anos de idade – desde que ele tenha uma conta de email. 

Abertura

Foto: Reuters

Em 2007, buscando superar rivais como o MySpace, o Facebook abre sua plataforma de dados (API, na sigla em inglês) para desenvolvedores criarem aplicações que usem a rede social como base. Graças a isso, é possível se cadastrar em inúmeros aplicativos usando os dados de perfil do Facebook – e até mesmo jogar Candy Crush.

Microsoft

Foto: Reuters

Em outubro de 2007, a Microsoft adquire 1,4% das ações do Facebook, o que faz a empresa ser avaliada em US$ 15 bilhões. 

100 milhões de amigos

Foto: Reuters

Em agosto de 2008, o Facebook ultrapassa a marca de 100 milhões de usuários em todo o mundo. 

Tchau, Myspace

Foto: Estadão

Maior rede social do mundo até 2009, o MySpace é destronado da liderança pelo Facebook em maio daquele ano: segundo números da ComScore, a rede social atingiu 70 milhões de usuários ativos mensalmente no período, superando o antigo líder. Enquanto isso, no Brasil só se falava de Orkut. 

Fazenda Feliz

Foto: Reprodução

Lançado pela Zynga em 2010, FarmVille se torna o primeiro grande game a ser jogado dentro do Facebook. O jogo tinha um objetivo simples: o usuário assumia o papel de um fazendeiro, e tinha que gerar a maior produção possível de sua fazenda, fazendo dinheiro e amizades. 

Curtida

Foto: Reuters

Em junho de 2010, a empresa lança uma de suas marcas registradas: o botão de "Like" – aqui no Brasil, o like é chamado de curtida. Em Portugal, ele é um "gostei", e se você por acaso usa o Facebook em inglês pirata, um 'like' é simplesmente um grito de 'arrrr!', como faria o Capitão Gancho. 

A Rede Social

Foto: Reprodução

Estreia em outubro de 2010 o filme A Rede Social, que conta a história dos primeiros anos do Facebook. O filme, dirigido por David Fincher (Seven) e com roteiro de Aaron Sorkin (da série West Wing), é baseado no livro Bilionários por Acaso, do jornalista americano Ben Mezrich. O filme venceu três Oscars em 2011: melhor roteiro adaptado, melhor edição e melhor trilha sonora. Mark Zuckerberg era interpretado pelo ator americano Jesse Eisenberg. 

Avante

Foto: Reuters

Em janeiro de 2011, uma rodada de investimentos liderada pelo banco Goldman Sachs adquire 1% das ações do Facebook e avalia a empresa em US$ 50 bilhões. 

Mensageiro

Foto: Reuters

Em 9 de agosto de 2011, o Facebook lança o Facebook Messenger: inicialmente um substituto para o chat interno que havia na rede social, o Messenger se torna, nos anos seguintes, um dos principais aplicativos de troca de mensagens do mundo. Em janeiro de 2016, o aplicativo anunciou que tinha 800 milhões de usuários mensalmente ativos. 

Linha do tempo

Foto: Reprodução

Em setembro de 2011, o Facebook introduz a Linha do Tempo (Timeline), uma função que alterava os perfis dos usuários: no lugar de informações detalhadas sobre sua vida, o perfil passava a ser uma grande cronologia dos eventos e atividades deles na rede social. 

Abertura de capital

Foto: Reuters

Em 18 de maio de 2012, o Facebook realiza sua abertura de capital na bolsa de valores Nasdaq, em Nova York: com preços iniciais de US$ 38, as ações da empresa renderam a ela uma avaliação de US$ 104 bilhões, na terceira maior oferta inicial de ações da história dos Estados Unidos. 

'Bota no Insta'

Foto: NYT

Criado pelo americano Kevin Systrom e pelo brasileiro Mike Krieger, a rede social de fotografias Instagram é comprada pelo Facebook por US$ 1 bilhão em abril de 2012. 

1 bilhão de amigos

Foto: Reuters

Em outubro de 2012, a base de usuários do Facebook atinge 1 bilhão de usuários. 

Internet.org

Foto: Reuters

Em parceria com seis empresas (Samsung, Ericsson, MediaTek, Nokia, Opera e Qualcomm), Mark Zuckerberg lança o Internet.org em agosto de 2013. A intenção da organização é de trazer internet acessível para qualquer pessoa no mundo todo – no entanto, seus métodos tem sido criticados por infringir regras de neutralidade de rede em muitos países. Entenda a questão. 

Zap Zap

Foto: Reuters

Em fevereiro de 2014, o Facebook anunciou a aquisição do WhatsApp, um dos principais aplicativos de mensagem da atualidade, por US$ 21,8 bilhões (em valores atualizados). Recentemente, o aplicativo de mensagens se tornou o segundo serviço da empresa a alcançar 1 bilhão de usuários. Na foto, Jan Koum, cofundador do WhatsApp. 

Realidade virtual

Foto: Reuters

Em março de 2014, o Facebook expande seu foco de atividades ao comprar a startup Oculus, dona dos óculos de realidade virtual Oculus Rift, por US$ 2 bilhões. Em breve, o Oculus deverá ter seu lançamento comercial, e vai custar US$ 600. 

Fundação Zuckerberg

Foto: Facebook

Zuckerberg e Priscilla Chan durante o anúncio da chegada de Max, sua primeira filha

Reações

Foto: Reuters

O velho botão de curtir ganhou novos companheiros em abril de 2016: desde então, as pessoas podem reagir às publicações dos amigos com "Amei", "Haha" (risada), "Uau" (surpresa), "Triste" e "Grr" (raiva). O botão de "não curtir", porém, segue não existindo. 

Notícias Falsas

Foto: Reuters

Em 2016, o Facebook entrou na mira da política, ao ser acusado de auxiliar a disseminação de notícias falsas que influenciaram, por exemplo, no referendo que determinou a saída do Reino Unido da União Europeia, bem como na eleição de Donald Trump para a presidência dos EUA. 

2 bilhões de amigos

Foto: Reuters

Em junho de 2017, o Facebook chegou à marca de 2 bilhões de usuários, conquistando boa parte do mundo conectado. 

Feed de Notícias

Foto: Reuters

Criticado pela disseminação de notícias falsas, o Facebook decidiu reagir em janeiro de 2018: naquele mês, a empresa disse que iria alterar seu algoritmo, diminuindo o número de publicações de notícias na linha do tempo dos usuários, privilegiando a interações entre amigos. Além disso, a empresa começou a pedir que usuários votem nos veículos de comunicação nos quais mais confiam, que receberiam mais destaque na linha do tempo, bem como decidiu que notícias de escopo local teriam prioridade na exibição. As medidas, bem como esforços do Facebook para auxiliar os jornais, foram bastante criticadas. 

Cambridge Analytica

Foto: EFE

Em março de 2018, o Facebook vive possivelmente sua maior crise, graças à revelação pelo jornal inglês The Observer de que a consultoria política Cambridge Analytica, de Alexander Nix (na foto) usou ilicitamente dados de 50 milhões de usuários da rede social, obtidos por meio de um quiz psicológico. O escândalo levou a empresa a perder US$ 49 bilhões em valor de mercado em apenas dois dias e abriu uma grave crise de confiança por parte de usuários e investidores -- até mesmo o ex-funcionário da empresa Brian Acton, cocriador do WhatsApp, instigou os usuários a deletarem suas contas na rede social. 

Defensiva. Pouco afeito a aparições públicas, Zuckerberg passou os últimos dias em sessões de treinamento com seu time de relações públicas para lidar com as perguntas duras que lhe devem ser feitas no Congresso. Na segunda-feira, 9, largou a tradicional camiseta cinza e vestiu terno e gravata para reuniões não oficiais com parlamentares. 

Além de pedir desculpas, o presidente do Facebook deve falar no Congresso sobre as mudanças feitas pela rede social nos últimos tempos. Entre elas, estão alterações nos termos de uso e nas políticas de privacidade, bem como a criação de ferramentas para monitorar anúncios políticos e confirmar a identidade de quem os publica. 

Conheça as celebridades que já deixaram o Facebook após o escândalo com dados pessoais

  •      
Elon Musk

Foto: Reuters/Mike Blake

Fundador da Tesla e da Space X, o empreendedor Elon Musk foi desafiado por um usuário do Twitter a deletar as páginas de suas empresas do Facebook, em 23 de março – bem no início do escândalo da empresa com a Cambridge Analytica. Em resposta, Musk disse que "não sabia que tinha páginas no Facebook, mas que as deletaria." Segundo o site americano TechCrunch, Musk demorou menos de 20 minutos para fazê-lo.

Jim Carrey

Foto: Reuters/Mario Anzuoni

Conhecido por inúmeros filmes de comédia, o ator Jim Carrey deletou sua conta no Facebook um pouco antes da revelação do escândalo com a Cambridge Analytica. No início deste ano, o ator se mostrou indignado com a interferência que os russos conseguiram causar na eleição americana de 2016 a partir da rede social. "O que o mundo precisa agora é de capitalismo com consciência", disse. 

Steve Wozniak

Foto: AP Photo/Luca Bruno

Em entrevista ao jornal USA Today em 8 de abril, o cofundador da Apple, Steve Wozniak, disse que iria deletar sua conta no Facebook. "Na Apple, vendemos produtos. Com o Facebook, é como dizem: você é o produto", declarou Wozniak. 

Cher

Foto: Reuters/Keith Bedford

A diva pop foi outra que decidiu deixar a rede social de Mark Zuckerberg: em março, ela publicou no Twitter que estava deletando o Facebook, não sem dor no coração – a cantora reconheceu que a rede social foi muito útil para seus programas de caridade. 

Will Ferrell

Foto: Reuters/Mario Anzuoni

O comediante Will Ferrell foi um dos primeiros a deixar o Facebook: em março, ele declarou que estava deletando sua conta em protesto ao uso ilícito de dados pela Cambridge Analytica. Ele disse que não pode usar, de boa fé, "os serviços de uma empresa que permitiram a disseminação de propaganda para quem estava mais vulnerável." 

Brian Acton

Foto: Reuters/Mike Blake

O cofundador do WhatsApp (e ex-funcionário do Facebook, por consequência) Brian Acton foi uma das principais vozes a se levantarem contra a rede social. Em sua conta no Twitter, Acton, que deixou a empresa no final de 2017, publicou uma mensagem dizendo "é hora #deletefacebook". Ele é conhecido por ser um grande defensor da privacidade e da criptografia. 

Rosie O'Donnell

Foto: AP

A atriz Rosie O'Donnell também foi outra que resolveu sair da rede social – em um tuíte feito em março, a atriz pediu ao Facebook para criar um botão vermelho dizendo "EU QUERO SAIR AGORA" para facilitar o movimento aos usuários. 

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