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EUA criam 'força-tarefa' para monitorar monopólio de empresas de tecnologia

Governo vai avaliar se gigantes como Facebook e Google ferem leis de competitividade no país

Por Redação Link
Atualização:
À frente da FTC, Joseph Simons diz que presença das empresas na vida dos usuários precisa ser analisada com atenção Foto: Leah Millis/Reuters

A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês) vai lançar uma força-tarefa para monitorar se empresas de tecnologia ferem as leis de concorrência no país. O anúncio foi divulgado nesta terça-feira, 26.

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Segundo o órgão, funcionários que já trabalham na agência e outros 17 advogados irão focar suas atividades em investigar se as empresas da indústria de tecnologia adotam modelos anticompetitivos.  Em um comunicado, Joe Simons, presidente da FTC, disse que a importância dessas companhias na vida dos usuários foi crucial para dar início das investigações.

“Nossas audiências contínuas foram cruciais para aprofundar nossa compreensão desses mercados e potenciais problemas competitivos. A força-tarefa é o próximo passo nesse esforço”, disse Simons no comunicado.

Bruce Hoffman, diretor do departamento de Concorrência dos EUA, disse que a rápida evolução das empresas de tecnologia cria desafios para aplicação da lei de antitruste. “A nova força-tarefa será capaz de se concentrar exclusivamente nesses mercados, assegurando que eles estejam operando de acordo com as leis antitruste e agindo onde eles não estiverem.”

Punições

Hoffman confirmou que a força-tarefa também vai examinar as fusões consumadas, mas disse que não poderia nomear nenhuma investigação especificamente. Quando perguntado sobre soluções para fusões problemáticas, Hoffman disse que as empresas poderiam ser “quebradas” ou forçadas a “desmembrar”.

As investigações surgem em meio à crescente pressão por ações antitruste contra gigantes como Facebook e Google. No início do mês, foi anunciado que a FTC estuda aplicar uma multa multibilionária na empresa da Mark Zuckerberg por violar repetidamente um acordo de privacidade assinada entre o órgão e a rede social.

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Por outro lado, pessoas de organizações de defesa do consumidor argumentam que a aplicação da multa não é o suficiente para incentivar o Facebook a ser mais cauteloso com os dados de seus usuários. As organizações pedem que a FTC obrigue a rede social desmembrar duas de suas principais empresas: o Intagram e o WhatsApp, alegando que os usuários para os três principais aplicativos.

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