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EUA pressionam empresa chinesa a vender app Grindr

O governo norte-americano afirma que a plataforma é um risco à segurança nacional, devido ao acesso a dados pessoais do usuários

Por Agências
Atualização:
A chinesa Kunlun comprouo app Grindr desde 2016 Foto: NYT

A empresa chinesa Beijing Kunlun pretende vender seu aplicativo de relacionamento Grindr, espécie de Tinder para o público gay, após o governo norte-americano afirmar que a plataforma é um risco à segurança nacional, devido ao acesso a dados pessoais de usuários. A informação é da agência de notícias Reuters, que conversou com fontes familiarizadas com o assunto. 

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O Comitê de Investimentos Estrangeiros dos Estados Unidos (CFIUS, sigla em inglês) não disse se medidas já foram tomadas para resolver o problema. A chinesa Kunlun, que tem o app de paquera desde 2016, disse em agosto do ano passado que estava se preparando para uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) do Grindr. Após a declaração da CFIUS, a Kunlun agora mudou seu foco para um processo de leilão para vender o Grindr, uma vez que o IPO manteria o Grindr sob o controle da Kunlun por um longo período de tempo, disseram as fontes.

Segundo a Reuters, a empresa contratou o banco de investimentos Cowen para administrar o processo de venda e está solicitando a aquisição de participações de empresas de investimento dos EUA, bem como dos concorrentes da Grindr.

De acordo com as fontes ouvidas pela reportagem, quando a empresa chinesa comprou o Grindr, a aquisição não foi submetida à revisão do CFIUS – isso deixou a Kunlun vulnerável a intervenções. 

Os Estados Unidos têm investigado cada vez mais os desenvolvedores de aplicativos sobre a segurança dos dados pessoais, especialmente se alguns deles envolverem militares do país ou funcionários de inteligência.

Representantes da empresa e do governo norte-americano não comentaram o assunto. 

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