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Fabricante chinesa ZTE pagará US$ 1 bilhão ao governo dos EUA em multas

Em contra partida, a empresa de celulares poderá voltar a comprar produtos de empresas americanas

Por Agências
Atualização:
A chinesa ZTE fabrica smartphones e produtos de infraestrutura para telecomunicações Foto: Reuters/Albert Gea

A fabricante chinesa ZTE pagará US$ 1 bilhão em multas ao governo dos Estados Unidos e terá de mudar os membros da diretoria da empresa em até 30 dias. A decisão faz parte de um acordo fechado com a empresa e o governo, que suspende a medida que proibia a ZTE comprar produtos de fornecedores americanos.

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Entre as outras condições anunciadas nesta quinta-feira, 7, pelo secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, está a necessidade de um depósito de garantia de US$ 400 milhões e a possibilidade do governo voltar a proibir a negociação da empresa se forem constatadas novas violações.

Desde o ano passado, a ZTE já deve mais de US$ 2,29 mil em penalidades civis e criminais, constatadas pelo departamento de Comércio e outras agências americanas.

"Vamos monitorar de perto o comportamento da ZTE", disse Ross em um comunicado.

A decisão beneficia grandes empresas americanas. A maior parte dos smartphones da ZTE usam chips da Qualcomm, por exemplo. Além disso, a fabricante de chips está tentando obter aprovação do governo da China para comprar a NXP Semiconductors NV de US$ 44 bilhões.

Apesar do acordo, Ross disse desacreditar que a medida teria qualquer efeito expressivo sobre as negociações tarifárias feitas com o governo chinês.

De outro lado, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reuniu com seus conselheiros comerciais na última terça-feira, 5, para discutir a oferta da China de importar mais de US$ 70 bilhões em bens americanos durante um ano. A oferta é uma esperança de desmantelar uma possível guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

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Suspensão. A ZTE encerrou suas principais operações em abril, depois que uma proibição de sete anos foi imposta à empresa por quebrar um acordo feito 2017, quando o governo americano embargou mercadorias para o Irã e a Coréia do Norte.

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