Fabricante de câmeras GoPro vai demitir 7% dos funcionários

Resultado preliminar divulgado pela empresa ficou abaixo das expectativas do mercado e aponta para momento difícil

PUBLICIDADE

Por Redação Link
Atualização:

Reuters

 

PUBLICIDADE

A fabricante das câmeras de ação GoPro anunciou nesta quinta-feira, 15, que vai cortar aproximadamente 7% de seu quadro de funcionários ao longo do primeiro trimestre de 2016. A decisão, que vai resultar em cerca de cem demissões, foi divulgada em um comunicado da empresa com os resultados financeiros preliminares referentes a 2015.

Leia também:Confira imagens produzidas por uma GoPro perdida no espaço

Segundo a empresa, o número de funcionários cresceu 50% e a companhia alcançou mais de 1,5 mil postos nos dois últimos anos encerrados em dezembro de 2015. A decisão deve resultar em US$ 5 milhões a US$ 10 milhões em despesas com encargos trabalhistas.

Segundo a projeção da empresa, o faturamento em 2015 deve ficar em US$ 435 milhões no último trimestre de 2015 e em US$ 1,6 bilhão no ano. Se confirmado quando a companhia divulgar seu balanço financeiro em fevereiro, o resultado ficará abaixo da expectativa de analistas, que esperavam uma receita de US$ 510 milhões para o último trimestre do ano passado.

Após o anúncio, o vice-presidente da GoPro, Zander Lurie, renunciou ao cargo e passou a fazer parte do conselho de administração da empresa. Por enquanto, a empresa não anunciou quem vai substituir o executivo.

Fraca demanda. O desempenho, de acordo com a GoPro, foi impactado pela baixa procura de dispositivos durante as festas de final de ano. A queda na demanda levou a empresa a reduzir o preço da câmera HERO4 Session. Lançada em julho de 2015 com preço de US$ 399, ela passou a custar US$ 199 – o que causou uma diminuição de US$ 21 milhões no faturamento da companhia.

Publicidade

“Enquanto nós claramente cometemos um erro ao vender a Session por US$ 399 (mais especificamente eu cometi o erro, foi minha decisão), estou orgulhoso pela forma como respondemos ao mercado. Reconhecemos o problema, ajustamos o preço para US$ 299… Reconhecemos que isso não era suficiente e ajustamos novamente o valor para US$ 199, a posicionando como o melhor produto que já fizemos”, disse o CEO da empresa, Nick Woodman, em um e-mail obtido pelo site especializado em tecnologia Recode.

Um dia após divulgação dos resultados preliminares, as ações da GoPro caíram quase 25%, o que tirou Woodman do ranking de bilionários da revista norte-americana Forbes. Sua fortuna, que chegou a US$ 3,3 bilhões em setembro de 2014, agora é estimada em US$ 995 milhões.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.