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Fabricantes chinesas se unem para enfrentar a loja de aplicativos do Google

O Google faturou cerca de US$ 8,8 bilhões em todo o mundo com a Play Store em 2019

Por Agências
Atualização:
A Huawei perdeu acesso a serviços do Google no ano passado Foto: Mark Shiefelben/AP Photo

As empresas Xiaomi, Huawei, Oppo e Vivo estão fazendo uma parceria para incentivar que desenvolvedores de aplicativos e jogos coloquem seus apps nas lojas de aplicativo chinesas: a ideia é permitir que, por meio de uma plataforma única, os desenvolvedores façam download das aplicações simultaneamente nas diferentes lojas de cada empresa. Analistas afirmam que a iniciativa tem como objetivo desafiar o domínio da loja de aplicativos Play Store, do Google, que domina os celulares Android

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De acordo com fontes familiarizadas com o assunto, a plataforma visa facilitar a desenvolvedores a venda de seus apps em mercados estrangeiros. A ideia inicial era de que a iniciativa fosse lançada em março, disseram fontes, embora não esteja claro como isso será afetado pelo recente surto de coronavírus.

“Ao formar essa aliança, cada empresa procurará aproveitar as vantagens das outras em diferentes regiões, como a forte base de usuários da Xiaomi na Índia, da Vivo e da Oppo no sudeste da Ásia e da Huawei na Europa”, disse Nicole Peng, analista de dispositivos móveis da Canalys. Juntas, as quatro empresas representaram 40,1% dos envios mundiais de dispositivos móveis no quarto trimestre de 2019, segundo a consultoria IDC.

O Google, cujos serviços são proibidos na China, faturou cerca de US$ 8,8 bilhões em todo o mundo com a Play Store em 2019, disse Katie Williams, analista da Sensor Tower. Na loja de apps, o Google também vende conteúdo como filmes, livros e aplicativos na loja e cobra uma comissão de 30%.

Segundo analistas, a iniciativa das chinesas pode atrair alguns desenvolvedores de aplicativos ao fornecer mais exposição do que na Play Store, e a nova plataforma pode oferecer melhores incentivos monetários, disseram analistas.

No entanto, gerenciar a aliança pode ser um desafio, disse a analista Nicole Peng. “A execução é difícil, pois é difícil dizer qual empresa está ganhando mais peso e investindo mais nela. Não vimos o modelo de aliança funcionar bem no passado.”

Embora a Oppo, a Vivo e a Xiaomi tenham acesso total aos serviços do Google nos mercados internacionais, a Huawei perdeu o acesso a novos dispositivos no ano passado, depois que os Estados Unidos proibiram fornecedores norte-americanos de vender bens e serviços para a empresa, citando preocupações com a segurança nacional.

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O Google e as outras quatro empresas não responderam a pedidos de comentário. 

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