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Facebook começa a divulgar novos termos de uso nos EUA e na Europa

Após consulta “pública” realizada depois de escândalo com Cambridge Analytica, empresa está alterando regras; no Brasil, mudanças ainda não apareceram

20/04/2018 | 17h20

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 Por Redação Link - O Estado de S. Paulo

Facebook é a maior rede social do mundo

Toby Melville/Reuters

Facebook é a maior rede social do mundo

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O Facebook começou nesta sexta-feira, 20, a divulgar os novos termos de uso da rede social para seus usuários nos Estados Unidos e na Europa – aqui no Brasil, as mudanças ainda não apareceram e devem surgir nos próximos dias, de acordo com a empresa. 

Lá fora, o documento recebeu alterações por duas razões: além de esclarecer termos e temas complicados à luz do escândalo do uso ilícito de dados com a Cambridge Analytica, os termos de uso também adequam a rede social à GDPR, nova lei de proteção de dados europeia que vai entrar em vigor em 25 de maio no Velho Continente. 

Segundo o jornal norte-americano Wall Street Journal, o novo documento tem agora 4,2 mil palavras – em inglês –, contra 2,7 mil do “contrato” anterior, divulgado no final de 2016. Sua linguagem também está mais clara e busca mostrar para os usuários o que é feito com seus dados. 

Um dos exemplos são as informações que são coletadas pela empresa: além de curtidas, publicações e fotos, a rede também coleta informações de metadados de imagens (como hora e local onde as fotos foram tiradas) ou dados de quando o usuário utilizou um de seus aplicativos e o conteúdo que visualizou – e não só aquele com o qual interagiu. 

Outro está em como a rede social utiliza registros de chamadas ou catálogo de telefones do celular para sugerir amigos em outros de seus aplicativos, como o Facebook Messenger ou o Instagram. Além disso, o Facebook também armazena informações como nível de bateria e de sinal do celular – a justificativa da empresa é otimizar o uso de seus aplicativos. Caso você use o Facebook no computador, a empresa rastreia até como você mexe seu mouse – a ideia é descobrir se é um usuário humano ou um robô. 

Rastreio. O Facebook também passou a admitir nesta versão dos termos de uso que rastreia informações de seus usuários mesmo quando eles não estão logados no Facebook – mas visitam sites que contém plugins da rede social. Isso inclui até mesmo pessoas que não têm uma conta na rede social – uma prática conhecida como “shadow profile” e que foi admitida por Mark Zuckerberg em seu testemunho na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, na semana passada. 

A empresa também deixou mais clara a parte dos termos de uso sobre a coleta de dados por aplicativos parceiros – agora, são pedidas autorizações aos parceiros para cada tipo de informação coletada, usada e compartilhada por eles. Informações sobre interações com amigos, por exemplo, só são compartilhadas caso eles utilizem o mesmo aplicativo terceiro. Além disso, se o usuário parar de usar o aplicativo por três meses, seus dados de Facebook e Instagram não poderão mais ser acessados pelos parceiros. 

 

O Facebook informa ainda que protege alguns dados especiais de acordo com as leis de países específicos – seja reconhecimento facial, origem étnica, visões políticas e religiosas e até mesmo se o usuário pertence a algum sindicato. Em um trecho bastante aberto, a empresa diz que pode começar a usar reconhecimento facial no Instagram – mas informará aos usuários e permitirá a eles escolherem se querem usar a função antes de fazê-lo. 

A empresa diz ainda que guarda ou deleta dados de usuários a partir de questões específicas: o histórico de buscas, por exemplo, é deletado após seis meses; uma foto de uma carteira de motorista ou passaporte para verificação de dados se apaga em 30 dias. Caso a pessoa delete sua conta, ela não poderá recuperar nenhuma das informações posteriormente. 

A história do Facebook em 30 fotos

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Prólogo

Foto: Reprodução

Em 28 de outubro de 2003, Mark Zuckerberg lança o Facemash, um predecessor do Facebook. Usando fotos do sistema de alunos de Harvard, o site pedia aos usuários que escolhessem qual era a garota mais ‘atraente’ entre duas opções. 

Início

Foto: Divulgação

Em 4 de fevereiro de 2004, quatro estudantes de Harvard fundam uma rede social voltada para estudantes da universidade, o Thefacebook: Mark Zuckerberg, Chris Hughes, Dustin Moskowitz e o brasileiro Eduardo Saverin. 

Investimentos

Foto: NYT

Em junho de 2004, a rede social já havia se expandido para outras universidades e recebeu seu primeiro investimento, feito pelo investidor Peter Thiel. Além disso, Sean Parker (na foto), co-fundador do Napster, assume a presidência da empresa. 

Plágio

Foto: NYT

Em 2004, os ex-colegas de Mark Zuckerberg em Harvard, os irmãos Cameron e Tyler Winklevoss entram com uma ação judicial contra o Facebook, alegando que a empresa é o plágio de uma ideia dos gêmeos. A ação continuou na Justiça americana até 2011, quando os gêmeos retiraram o processo. 

1 milhão de amigos

Foto: NYT

Com Sean Parker na presidência, o Facebook conquista 1 milhão de usuários em 30 de dezembro de 2004. Meses depois, a empresa transfere sua sede para um escritório em Palo Alto, na Califórnia – e Zuckerberg abandona de vez os estudos em Harvard. 

'Não, não, não'

Foto: NYT

Em março de 2006, o Yahoo oferece US$ 1 bilhão para comprar o Facebook, mas Mark Zuckerberg rejeita a proposta. 

Feed de notícias

Foto: Reprodução

Em setembro de 2006, o Facebook lança o News Feed (Feed de Notícias, em português): uma página que se atualizava automaticamente através de um algoritmo, mostrando as novidades nas atividades dos amigos do usuário. É um conceito novo para o período – o Twitter, que trabalhava a ideia em tempo real, havia sido lançado apenas há alguns meses. 

Para menores

Foto: Reuters

Inicialmente voltado para universitários de faculdades de renome nos Estados Unidos, o Facebook se abre, em setembro de 2006, para qualquer usuário a partir dos 13 anos de idade – desde que ele tenha uma conta de email. 

Abertura

Foto: Reuters

Em 2007, buscando superar rivais como o MySpace, o Facebook abre sua plataforma de dados (API, na sigla em inglês) para desenvolvedores criarem aplicações que usem a rede social como base. Graças a isso, é possível se cadastrar em inúmeros aplicativos usando os dados de perfil do Facebook – e até mesmo jogar Candy Crush.

Microsoft

Foto: Reuters

Em outubro de 2007, a Microsoft adquire 1,4% das ações do Facebook, o que faz a empresa ser avaliada em US$ 15 bilhões. 

100 milhões de amigos

Foto: Reuters

Em agosto de 2008, o Facebook ultrapassa a marca de 100 milhões de usuários em todo o mundo. 

Tchau, Myspace

Foto: Estadão

Maior rede social do mundo até 2009, o MySpace é destronado da liderança pelo Facebook em maio daquele ano: segundo números da ComScore, a rede social atingiu 70 milhões de usuários ativos mensalmente no período, superando o antigo líder. Enquanto isso, no Brasil só se falava de Orkut. 

Fazenda Feliz

Foto: Reprodução

Lançado pela Zynga em 2010, FarmVille se torna o primeiro grande game a ser jogado dentro do Facebook. O jogo tinha um objetivo simples: o usuário assumia o papel de um fazendeiro, e tinha que gerar a maior produção possível de sua fazenda, fazendo dinheiro e amizades. 

Curtida

Foto: Reuters

Em junho de 2010, a empresa lança uma de suas marcas registradas: o botão de "Like" – aqui no Brasil, o like é chamado de curtida. Em Portugal, ele é um "gostei", e se você por acaso usa o Facebook em inglês pirata, um 'like' é simplesmente um grito de 'arrrr!', como faria o Capitão Gancho. 

A Rede Social

Foto: Reprodução

Estreia em outubro de 2010 o filme A Rede Social, que conta a história dos primeiros anos do Facebook. O filme, dirigido por David Fincher (Seven) e com roteiro de Aaron Sorkin (da série West Wing), é baseado no livro Bilionários por Acaso, do jornalista americano Ben Mezrich. O filme venceu três Oscars em 2011: melhor roteiro adaptado, melhor edição e melhor trilha sonora. Mark Zuckerberg era interpretado pelo ator americano Jesse Eisenberg. 

Avante

Foto: Reuters

Em janeiro de 2011, uma rodada de investimentos liderada pelo banco Goldman Sachs adquire 1% das ações do Facebook e avalia a empresa em US$ 50 bilhões. 

Mensageiro

Foto: Reuters

Em 9 de agosto de 2011, o Facebook lança o Facebook Messenger: inicialmente um substituto para o chat interno que havia na rede social, o Messenger se torna, nos anos seguintes, um dos principais aplicativos de troca de mensagens do mundo. Em janeiro de 2016, o aplicativo anunciou que tinha 800 milhões de usuários mensalmente ativos. 

Linha do tempo

Foto: Reprodução

Em setembro de 2011, o Facebook introduz a Linha do Tempo (Timeline), uma função que alterava os perfis dos usuários: no lugar de informações detalhadas sobre sua vida, o perfil passava a ser uma grande cronologia dos eventos e atividades deles na rede social. 

Abertura de capital

Foto: Reuters

Em 18 de maio de 2012, o Facebook realiza sua abertura de capital na bolsa de valores Nasdaq, em Nova York: com preços iniciais de US$ 38, as ações da empresa renderam a ela uma avaliação de US$ 104 bilhões, na terceira maior oferta inicial de ações da história dos Estados Unidos. 

'Bota no Insta'

Foto: NYT

Criado pelo americano Kevin Systrom e pelo brasileiro Mike Krieger, a rede social de fotografias Instagram é comprada pelo Facebook por US$ 1 bilhão em abril de 2012. 

1 bilhão de amigos

Foto: Reuters

Em outubro de 2012, a base de usuários do Facebook atinge 1 bilhão de usuários. 

Internet.org

Foto: Reuters

Em parceria com seis empresas (Samsung, Ericsson, MediaTek, Nokia, Opera e Qualcomm), Mark Zuckerberg lança o Internet.org em agosto de 2013. A intenção da organização é de trazer internet acessível para qualquer pessoa no mundo todo – no entanto, seus métodos tem sido criticados por infringir regras de neutralidade de rede em muitos países. Entenda a questão. 

Zap Zap

Foto: Reuters

Em fevereiro de 2014, o Facebook anunciou a aquisição do WhatsApp, um dos principais aplicativos de mensagem da atualidade, por US$ 21,8 bilhões (em valores atualizados). Recentemente, o aplicativo de mensagens se tornou o segundo serviço da empresa a alcançar 1 bilhão de usuários. Na foto, Jan Koum, cofundador do WhatsApp. 

Realidade virtual

Foto: Reuters

Em março de 2014, o Facebook expande seu foco de atividades ao comprar a startup Oculus, dona dos óculos de realidade virtual Oculus Rift, por US$ 2 bilhões. Em breve, o Oculus deverá ter seu lançamento comercial, e vai custar US$ 600. 

Fundação Zuckerberg

Foto: Facebook

Zuckerberg e Priscilla Chan durante o anúncio da chegada de Max, sua primeira filha

Reações

Foto: Reuters

O velho botão de curtir ganhou novos companheiros em abril de 2016: desde então, as pessoas podem reagir às publicações dos amigos com "Amei", "Haha" (risada), "Uau" (surpresa), "Triste" e "Grr" (raiva). O botão de "não curtir", porém, segue não existindo. 

Notícias Falsas

Foto: Reuters

Em 2016, o Facebook entrou na mira da política, ao ser acusado de auxiliar a disseminação de notícias falsas que influenciaram, por exemplo, no referendo que determinou a saída do Reino Unido da União Europeia, bem como na eleição de Donald Trump para a presidência dos EUA. 

2 bilhões de amigos

Foto: Reuters

Em junho de 2017, o Facebook chegou à marca de 2 bilhões de usuários, conquistando boa parte do mundo conectado. 

Feed de Notícias

Foto: Reuters

Criticado pela disseminação de notícias falsas, o Facebook decidiu reagir em janeiro de 2018: naquele mês, a empresa disse que iria alterar seu algoritmo, diminuindo o número de publicações de notícias na linha do tempo dos usuários, privilegiando a interações entre amigos. Além disso, a empresa começou a pedir que usuários votem nos veículos de comunicação nos quais mais confiam, que receberiam mais destaque na linha do tempo, bem como decidiu que notícias de escopo local teriam prioridade na exibição. As medidas, bem como esforços do Facebook para auxiliar os jornais, foram bastante criticadas. 

Cambridge Analytica

Foto: EFE

Em março de 2018, o Facebook vive possivelmente sua maior crise, graças à revelação pelo jornal inglês The Observer de que a consultoria política Cambridge Analytica, de Alexander Nix (na foto) usou ilicitamente dados de 50 milhões de usuários da rede social, obtidos por meio de um quiz psicológico. O escândalo levou a empresa a perder US$ 49 bilhões em valor de mercado em apenas dois dias e abriu uma grave crise de confiança por parte de usuários e investidores -- até mesmo o ex-funcionário da empresa Brian Acton, cocriador do WhatsApp, instigou os usuários a deletarem suas contas na rede social. 

O que ficou de fora. Algumas questões, porém, ainda não foram exatamente respondidas pela rede social – uma delas é como as pessoas que não têm contas no Facebook podem verificar as informações que o Facebook coletou sobre elas. 

Outra é como o Facebook vai rastrear um usuário que escolher desligar os anúncios personalizados; por fim, uma terceira pergunta sem resposta é como o usuário pode ver as informações que a empresa coleta a partir dos dados de seus amigos e outras contas na rede social. 

Vale lembrar ainda que os termos de uso publicados nos EUA e na Europa podem ser um pouco diferentes quando chegarem ao Brasil. Isso porque eles podem sofrer ligeiras adaptações para a legislação local, além de considerar a mudança de jurisdição que a empresa está fazendo nos contratos – para atenuar os efeitos do GDPR, a empresa vai mover 1,5 bilhão de usuários para a jurisdição da matriz do Facebook nos EUA. 

    Tags:

  • Cambridge Analytica
  • Wall Street Journal
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