Facebook e Instagram ganham nova central de privacidade; WhatsApp fica de fora
Controladora dos apps, Meta diz se tratar de simplificar políticas internas da companhia para usuários; empresa garante não haver mudanças nas regras
26/05/2022 | 10h00
Por Guilherme Guerra - O Estado de S. Paulo
Controlados pela Meta, Facebook e Instagram apresentam novo visual para explicar privacidade a usuários
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Fugindo das letras miúdas de contratos de termos de uso, o Facebook e o Instagram lançam nesta quinta-feira, 25, novas centrais de privacidade, trazendo visual mais amigável para leitura. A mudança vem em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), no Brasil, e outras legislações similares no mundo.
A ideia é esclarecer de forma didática como esses aplicativos usam informações pessoais de usuários. Entre as novidades, está o resumo do tema em pequenas listas (bullet points), uso de títulos maiores e utilização de vídeos com casos reais para facilitar a compreensão.
Os leitores também receberão notificações sobre as mudanças como incentivo que leiam e entendam como o tratamento de dados é feito nos aplicativos. Por outro lado, não será exigido que concordem com a atualização para que continuem usando as plataformas.
A Meta, grupo que controla o Facebook, Instagram e WhatsApp, afirma que a novidade, em trabalho na companhia desde julho de 2020 e consultada por especialistas, trata apenas de uma repaginação de visual e reescrita do conteúdo. Ou seja, não há mudanças na forma como a empresa coleta e manuseia as informações de usuários.
“Reescrevemos nossa Política de Privacidade para facilitar a compreensão e refletir os produtos mais recentes que lançamos”, escreve Michael Protti, chefe de privacidade da Meta, em post no blog da companhia. “Embora o texto esteja diferente em algumas partes, a Meta não coleta, usa ou compartilha seus dados de novas maneiras com base nesta atualização da política e não vende suas informações.”
No entanto, o WhatsApp, que pertence ao Facebook, ficou de fora das novidades. Segundo a Meta, o mensageiro tem sua própria política de privacidade, e por isso não foi incluída dentro desta atualização.
No ano passado, o WhatsApp envolveu-se em polêmica com sua nova política de privacidade, que formalizava o compartilhamento de informações com o Facebook e Instagram. Além disso, exigia-se que os usuários concordassem com os novos termos do mensageiro para continuarem usando o aplicativo — do contrário, teriam a conta congelada. Após debate com reguladores de todo o mundo, a plataforma cedeu e permitiu que usuários utilizassem o app sem exigências.
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