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Facebook lança ferramenta para evitar assédio sexual no metaverso

O novo recurso é uma resposta ao aumento de denúncias sobre comportamentos abusivos em plataformas de realidade virtual

Por Agências
Atualização:
No metaverso, usuários poderiam trabalhar, socializar e jogar em uma rede de ambientes virtuais acessados ​​por meio de diferentes dispositivos Foto: Stephen Lam/Reuters - 30/04/2019

O Facebook anunciou nesta sexta-feira, 4, uma nova ferramenta para os usuários manterem limites de espaço pessoal no metaverso. Segundo a empresa, a iniciativa tem como objetivo evitar casos de assédio sexual e outras violações de segurança no universo digital. 

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O recurso vai estabelecer a distância de 1,2 metro entre um avatar e outro no Horizon Worlds e no Horizon Venues, plataformas de realidade virtual do Facebook que ainda estão em fase de testes. O Horizon Worlds, primeira iniciativa da empresa no metaverso, lembra um universo de videogame. Até 20 avatares podem se reunir ao mesmo tempo para explorar, sair e construir coisas no espaço digital – lá, você facilmente interage com estranhos. Para acessar a plataforma, é preciso usar os óculos de realidade virtual Quest 1 e Quest 2, desenvolvidos pela companhia de Mark Zuckerberg. O Horizon Venues segue ideia semelhante, mas é focado em eventos virtuais.

Em publicação no blog da empresa, Vivek Sharma, vice-presidente de Horizon do Facebook, afirmou que os novos limites pessoais ajudariam a estabelecer "normas comportamentais". "É um passo importante, e ainda há muito trabalho a ser feito. Continuaremos testando e explorando novas maneiras de ajudar as pessoas a se sentirem confortáveis ​​na realidade virtual", disse Sharma. Segundo ele, a companhia vai considerar a possibilidade de adicionar novos controles no futuro, como permitir que as pessoas alterem o tamanho de seus limites pessoais.

A nova ferramenta é uma resposta ao aumento de denúncias sobre comportamentos abusivos em plataformas de realidade virtual. 

Em novembro do ano passado, uma mulher que testava o Horizon Worlds relatou ter sido “apalpada” por um estranho na plataforma. A usuária que sofreu o assédio postou seu relato em um grupo do Facebook destinado aos testes do Horizon Worlds. “Assédio sexual não é brincadeira na internet normal, mas estar em realidade virtual adiciona outra camada que torna o evento mais intenso”, escreveu ela na publicação. “Não só fui assediada ontem à noite, mas havia outras pessoas lá que apoiaram esse comportamento, o que me fez sentir isolada”.

O Facebook está há anos na mira de legisladores e reguladores globais devido aos conteúdos problemáticos que circulam em suas redes, como Facebook e Instagram. Em outubro, a empresa mudou seu nome para Meta de olho no metaverso, uma ideia futurista de uma rede de ambientes virtuais acessados ​​por meio de diferentes dispositivos onde os usuários poderiam trabalhar, socializar e jogar.

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