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Facebook Papers: entenda os códigos usados internamente pela empresa

Documentos vazados foram compartilhados com consórcio de imprensa e revelam pesquisas internas da empresa

08/11/2021 | 05h00

  •      

 Por Bruna Arimathea, Bruno Romani e Giovanna Wolf - O Estado de S. Paulo

Os códigos usados pela empresa revelam detalhes sobre as engrenagens internas do Facebook

Dado Ruvic/Reuters

Os códigos usados pela empresa revelam detalhes sobre as engrenagens internas do Facebook

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Desde setembro, vieram à tona pesquisas do Facebook, que mostram negligência da rede social com a segurança de usuários – os arquivos fazem parte dos Facebook Papers, um pacote de documentos da empresa vazados para um consórcio internacional de veículos de imprensa, incluindo o Estadão. Nas páginas, que contêm estudos internos e diálogos entre funcionários da companhia, muitas vezes é usada uma linguagem de códigos para se referir aos produtos, ações e projetos da rede social. 

Os documentos foram fornecidos ao Congresso americano por Frances Haugen, ex-funcionária do Facebook que coletou pesquisas internas da rede social após pedir demissão em maio deste ano por discordar das atitudes da companhia. Nas últimas semanas, Frances tem repetido que a empresa de Mark Zuckerberg priorizou o crescimento em detrimento da segurança dos usuários. 

Os códigos usados pela empresa revelam detalhes sobre as engrenagens internas do Facebook e a visão da empresa a respeito dos problemas de seus aplicativos. A sigla “ARC”, por exemplo, é usada em um dos estudos para se referir a “At Risk Countries” (países de risco, na tradução do inglês), que seriam regiões com potencial de violência em massa – o Brasil foi inserido nessa categoria. A empresa também usa o termo “VPV” para se referir a “Viewport Views” (janelas de visualização, na tradução do inglês), que é uma métrica de quantas vezes determinado conteúdo foi visto pelos usuários.

Veja a seguir os principais códigos usados nos documentos do Facebook: 

3PFC

Sigla usada pela empresa para se referir aos agentes de checagem de notícias que não são contratados diretamente pela empresa.

DCI

“Destructive conflict” (conflito destrutivo, na tradução do inglês) é um rótulo gerado dentro da empresa para sinalizar de forma automatizada conversas inadequadas ou abusivas entre usuários.

DOI

Sigla de “Dangerous Organizations e Individuals” (organizações e indivíduos perigosos, na sigla do inglês).

CORGI

Nome de um modelo matemático criado por pesquisadores do Facebook para encontrar grupos de usuários que operam de forma inautêntica – como, por exemplo, contas que comentam com frequência excessiva nas postagens.

ARC

Funcionários da empresa usam a sigla de “At Risk Countries” para se referir a países de risco, que seriam regiões com potencial de violência em massa – o Brasil foi inserido nessa categoria.

VPV 

A sigla “Viewport Views” pode ser traduzida como “janelas de visualização” e consiste em uma métrica de quantas vezes determinado conteúdo foi visto pelos usuários.

FTE

Sigla de “Full Time Employees” (funcionários de jornada completa, na tradução do inglês).

FOAS

Abreviação de “Family of Apps and Services”, que diz respeito a todos os serviços e aplicativos pertencentes à empresa de Mark Zuckerberg. 

ATE

Sigla de “Average Treatment Effect” (efeito médio do tratamento, na tradução do inglês), que mede os resultados de intervenções de integridade feitas pela empresa.

Orbe

Nome de uma ferramenta da empresa destinada a detectar ataques de spam no Facebook.

Hex

Sigla de “Human Exploitation” (exploração humana, na tradução do inglês).

N&P

Sigla de “Nudity and Pornography” (nudez e pornografia, na tradução do inglês).

YToF

Sigla de “Your time on Facebook” (seu tempo no Facebook, na tradução do inglês), que se refere a uma ferramenta para limitar o uso da plataforma pelos usuários.

Blue

Termo usado para se referir ao aplicativo principal do Facebook, que tem o logotipo azul. “Blue Time” é uma referência ao tempo total gasto pelos usuários na plataforma. 

SUMA

Sigla de “Single User Multiple Accounts” (várias contas de um único usuário, na tradução do inglês).

TRIPS

Pesquisas para detectar o alcance de problemas de integridade na plataforma. Por meio de questionários com usuários, a rede social tem avaliado o que eles pensam sobre o que encontram na plataforma.

PU

Sigla de “Problematic Use” (uso problemático, na tradução do inglês). 

Magnet User

Nome usado para se referir a “usuários magnéticos”, ou seja, uma pessoa superengajada com conteúdos ruins no Facebook. 

Banhammer

Ferramenta da empresa destinada a remover todas as curtidas e os follows de um usuário ou um grupo de usuários – o recurso pode ser usado para excluir as ações quando alguém é banido da plataforma.  

GV

Sigla de “Graphic Violence” (violência explícita, na tradução do inglês).

 

    Tags:

  • Frances Haugen
  • Mark Zuckerberg
  • rede social
  • segurança pública
  • Facebook
  • Meta [empresa]

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