Facebook pode ser alvo de investigações estaduais nos EUA

As agências governamentais investigam o mau uso de dados de usuários pela rede social; segundo a reportagem, há um grupo de estados responsável por descobrir novas violações de uso indevido de dados de usuários pela rede social

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Por Redação Link
Atualização:
O presidente executivo Mark Zuckerberg já compareceu ao Congresso e Senado dos Estados Unidos e também no Parlamento Europeu para prestar esclarecimentos sobre as práticas do Facebook Foto: REUTERS/Leah Millis

O Facebook pode ser alvo de ao menos três investigações de governos dos Estados Unidos, revelou uma reportagem da agência de notícias Bloomberg, que conversou com fontes familiarizadas com o assunto. As agências governamentais investigam o mau uso de dados de usuários pela rede social, comportamento que levou a empresa a uma série de escândalos de privacidade. 

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De acordo com a reportagem, os governos dos estados estão se reunindo em dois grupos principais para investigar as práticas de proteção de dados do Facebook. As investigações são confidenciais. 

Um dos grupos é responsável por investigar casos já existentes – os estados de Pensilvânia, Illinois e Connecticut compõem esse time. 

Outro grupo, composto por Nova York, Nova Jersey e Massachusetts, está tentando descobrir violações ainda desconhecidas que envolvam uso indevido de dados pessoais – esses estados já investigam o Facebook há um tempo. 

O escritório do Procurador-Geral da Carolina do Norte, Josh Stein, afirmou à Bloomberg que também faz parte do esforço da investigação. 

Will Castleberry, vice-presidente de políticas públicas do Facebook, disse à Bloomberg que “vários oficiais vieram falar com a empresa de forma construtiva, focando em soluções que garantam que todas as empresas estão protegendo as informações das pessoas. Planejamos seguir trabalhando com eles”.

Vale lembrar que a pressão do governo norte-americano contra o Facebook começou após o caso Cambridge Analytica – o escândalo, revelado no começo do ano passado, mostrou que a consultoria usou sem consentimento os dados de 87 milhões de pessoas para tentar influenciar as eleições presidenciais americanas de 2016. 

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Desde então, a rede social se envolveu em uma série de escândalos. O mais recente foi a revelação de que o Facebook coletava informações por meio de um aplicativo chamado Facebook Research – os dados dos usuários eram coletados em troca de US$ 20 por mês. Poucas horas depois de o site TechCrunch publicar, na semana passada, a reportagem com o escândalo, senadores americanos enviaram cartas ao presidente executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, pedindo explicações sobre a prática. 

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