Facebook processa duas empresas por roubo de dados na rede social

Segundo a rede social, a BrandTotal e a Unimania coletavam informações de usuários de plataformas digitais para alimentar um banco de dados voltado a serviços de 'inteligência de marketing'

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Por Redação Link
Atualização:
Para se proteger e proteger usuários: Facebook pode ser multado se não tomar providências contra empresas que coletaram dados indevidamente Foto: Dado Ruvic/Reuters

O Facebook afirmou nesta quinta-feira, 1, que abriu uma ação judicial contra duas empresas por coleta de dados indevida em suas redes sociais. Segundo a companhia de Mark Zuckerberg, a israelense BrandTotal e a americana Unimania coletaram informações em plataformas digitais para usá-las em serviços de "inteligência de marketing", violando regras e políticas da empresa. 

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Segundo a rede social, além do próprio Facebook, a prática das duas empresas teria afetado também o Instagram, a Amazon, o Twitter, o LinkedIn e o YouTube. De acordo com companhia, as empresas operavam com extensões de navegador que permitiam armazenar informações e comportamentos de usuários. 

Ao acessar o Facebook, por exemplo, as empresas conseguiam ter acesso a informações como nome, identificação de usuário, sexo, data de nascimento, status de relacionamento, informações de localização e outras informações relacionadas às suas contas, por meio de um programa instalado junto com a extensão. 

Além de entrar com a ação judicial, a empresa de Zuckerberg afirmou que está investindo em mais segurança para evitar que, mesmo tendo aparatos tecnológicos, outras companhias não tenham acesso aos dados de seus usuários.

O Facebook pode ser multado caso não tome providências contra a BrandTotal e a Unimania: existem leis nos Estados Unidos que obrigam empresas de tecnologia a manterem os dados de seus usuários em segurança. 

Em 2019, o Facebook foi condenado a pagar uma multa de aproximadamente US$ 5 milhões, após uma longa investigação sobre o caso Cambridge Analytica, no qual a rede social compartilhou sem consentimento informações de 87 milhões de usuários com uma firma de marketing político britânica. No início deste ano, mais US$ 500 milhões saíram da conta da empresa para encerrar uma ação coletiva que alegava violação de uma lei de privacidade de Illinois. 

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