Depois de dois resultados financeiros turbulentos, devido ao escândalo da consultoria Cambridge Analytica, o Facebook teve um terceiro trimestre mais calmo: ontem, ao revelar lucro de US$ 5,14 bilhões para o período entre julho e setembro de 2018, acima do esperado pelos analistas, a rede social viu suas ações subirem mais de 3% após o fechamento do pregão da Nasdaq.
Cenário bem diferente do visto em julho, quando, ao revelar projeção de margens de ganho menores, a empresa viu seus papéis caírem 20% – no dia seguinte, ao concretizar as perdas, a empresa teve a maior queda diária da história de Wall Street.
À noite, as ações da empresa, no entanto, oscilaram após a divulgação dos resultados – antes de se estabilizarem em 3%, chegaram a cair 2%.
Isso porque, apesar dos ganhos, a empresa demonstrou nova desaceleração no crescimento de usuários da rede social – fechou o terceiro trimestre com 2,27 bilhões de usuários ativos mensalmente, menos que os 2,29 bilhões esperados. A receita também desapontou: subiu para US$ 13,73 bilhões, abaixo dos US$ 13,78 bilhões estimados.
Em teleconferência com investidores, o Facebook reiterou ainda que espera declínio nas margens de lucro e no crescimento das receitas para os próximos trimestres. Isso acontecerá por causa de investimentos para evitar fraudes e ataques hackers, bem como a criação de novas ferramentas para aumentar o engajamento nas redes sociais.