Facebook vai incentivar pesquisas sobre impacto de redes sociais na democracia
Empresa patrocinará formação de comitê acadêmico, que vai decidir quais pesquisas terão acesso a verba e informações de usuários da rede social; Brasil está entre as preocupações da empresa
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Por Redação Link
Atualização:
O Facebook vai criar um comitê para comandar estudos sobre os impactos das redes sociais nas eleições e na democracia. A nova iniciativa foi anunciada nesta segunda-feira, 9, pelo presidente da empresa , Mark Zuckerberg e conta com o financiamento de sete fundos internacionais. A novidade aparece como uma resposta da rede social para melhorar sua imagem depois que foram comprovados que dados de seus usuários foram usados ilegalmente durante a campanha eleitoral de Donald Trump pela consultoria britânica Cambridge Analytica.
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Segundo a rede social, a comissão será formada por acadêmicos que vai definir uma agenda de pesquisas sobre o tema, solicitar propostas de pesquisas independentes e selecionar projetos de pesquisa para receber financiamento e ter acesso a dados privados de usuários Facebook.
“O objetivo é ver com os acadêmicos como lidar com estas questões, bem como nos responsabilidade por garantir que protegemos a integridade das próximas eleições”, disse Zuckerberg em uma publicação feita em seu perfil na rede social.
Os membros do comitê também terão acesso aos planos do Facebook para as eleições e também vão desenvolver pesquisas avaliando o impacto da rede social nos períodos eleitorais, com o objetivo de identificar e diminuir possíveis efeitos negativos da plataforma.
“Este é um novo modelo de colaboração entre investigadores e empresas, e faz parte do nosso compromisso de proteger a integridade das eleições em todo o mundo”, justificou Zuckerberg ao dizer que errou ao demorar a perceber a interferência na última eleição dos Estados Unidos.
A empresa também fez um pronunciamento oficial em seu blog a respeito do assunto: no texto, o Brasil e as eleições presidenciais de 2018 foram citados, ao lado de países como Índia e México, que também terão grandes pleitos neste ano.
A história do Facebook em 30 fotos
1 / 22A história do Facebook em 30 fotos
Prólogo
Em 28 de outubro de 2003, Mark Zuckerberg lança o Facemash, um predecessor do Facebook. Usando fotos do sistema de alunos de Harvard, o site pedia aos... Foto: ReproduçãoMais
Início
Em 4 de fevereiro de 2004, quatro estudantes de Harvard fundam uma rede social voltada para estudantes da universidade,o Thefacebook: Mark Zuckerberg,... Foto: DivulgaçãoMais
Investimentos
Em junho de 2004, a rede social já havia se expandido para outras universidades e recebeu seu primeiro investimento, feito pelo investidor Peter Thiel... Foto: NYTMais
Plágio
Em 2004, os ex-colegas de Mark Zuckerberg em Harvard, os irmãos Cameron e Tyler Winklevoss entram com uma ação judicial contra o Facebook, alegando qu... Foto: NYTMais
1 milhão de amigos
Com Sean Parker na presidência, o Facebook conquista 1 milhão de usuários em 30 de dezembro de 2004. Meses depois, a empresa transfere sua sede para u... Foto: NYTMais
'Não, não, não'
Em março de 2006, o Yahoo oferece US$ 1 bilhão para comprar o Facebook, mas Mark Zuckerberg rejeita a proposta. Foto: NYT
Feed de notícias
Em setembro de 2006, o Facebook lança o News Feed (Feed de Notícias, em português): uma página que se atualizava automaticamente através de um algorit... Foto: ReproduçãoMais
Para menores
Inicialmente voltado para universitários de faculdades de renome nos Estados Unidos, o Facebook se abre, em setembro de 2006,para qualquer usuário a p... Foto: ReutersMais
Abertura
Em 2007, buscando superar rivais como o MySpace, o Facebook abre sua plataforma de dados (API, na sigla em inglês) para desenvolvedores criarem aplica... Foto: ReutersMais
Microsoft
Em outubro de 2007, a Microsoft adquire 1,4% das ações do Facebook, o que faz a empresa ser avaliada em US$ 15 bilhões. Foto: Reuters
Tchau, Myspace
Maior rede social do mundo até 2009, o MySpace é destronado da liderança pelo Facebook em maio daquele ano: segundo números da ComScore, a rede social... Foto: EstadãoMais
Fazenda Feliz
Lançado pela Zynga em 2010, FarmVille se torna o primeiro grande game a ser jogado dentro do Facebook. O jogo tinha um objetivo simples: o usuário ass... Foto: ReproduçãoMais
Curtida
Em junho de 2010, a empresa lança uma de suas marcas registradas: o botão de "Like" – aqui no Brasil, o like é chamado de curtida. Em Portugal, ele é ... Foto: ReutersMais
A Rede Social
Estreia em outubro de 2010 o filmeA Rede Social, que conta a história dos primeiros anos do Facebook. O filme, dirigido por David Fincher (Seven)e com... Foto: ReproduçãoMais
Mensageiro
Em 9 de agosto de 2011, o Facebook lança o Facebook Messenger: inicialmente um substituto para o chat interno que havia na rede social, o Messenger se... Foto: ReutersMais
Linha do tempo
Em setembro de 2011, o Facebook introduz a Linha do Tempo (Timeline), uma função que alterava os perfis dos usuários: no lugar de informações detalhad... Foto: ReproduçãoMais
Abertura de capital
Em 18 de maio de 2012, o Facebook realiza sua abertura de capital na bolsa de valores Nasdaq, em Nova York: com preços iniciais de US$ 38, as ações da... Foto: ReutersMais
'Bota no Insta'
Criado pelo americano Kevin Systrom e pelo brasileiro Mike Krieger, a rede social de fotografias Instagram é comprada pelo Facebook por US$ 1 bilhão e... Foto: NYTMais
Internet.org
Em parceria com seis empresas (Samsung, Ericsson, MediaTek, Nokia, Opera e Qualcomm), Mark Zuckerberg lança o Internet.org em agosto de 2013. A intenç... Foto: ReutersMais
Zap Zap
Em fevereiro de 2014, o Facebook anunciou a aquisição do WhatsApp, um dos principais aplicativos de mensagem da atualidade, por US$ 21,8 bilhões (em v... Foto: ReutersMais
Reações
O velho botão de curtir ganhou novos companheiros em abril de 2016: desde então, as pessoas podem reagir às publicações dos amigos com "Amei", "Haha" ... Foto: ReutersMais
Feed de Notícias
Criticado pela disseminação de notícias falsas, o Facebook decidiu reagir em janeiro de 2018: naquele mês, a empresa disse que iria alterar seu algori... Foto: ReutersMais
Privacidade. A rede social disse que irá redobrar a atenção quando um pesquisador pedir para ter acesso aos dados de usuários para fazer sua pesquisa. Segundo o Facebook, as propostas de acesso estarão sujeitas a revisão adicional pelas equipes de privacidade e de revisão de pesquisa da empresa, além de especialistas em privacidades que não trabalham na rede social.
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Foram escolhidos sete fundos para financiar as pesquisas: a John e Laura Arnold Foundation, o Democracy Fund, a William e Flora Hewlett Foundation, a John S. e James L. Knight Foundation, a Charles Koch Foundation, a Omidyar Network e a Alfred P. Sloan Foundation.
Segundo a empresa, tanto o Facebook quanto as fundações que financia o projeto estarão comprometidos com a transparência sobre a estrutura e adesão do comitê. A rede social disse ainda que não terá qualquer interferência nas pesquisas antes da publicação.