Facebook vai mostrar mais notícias locais na linha do tempo de usuários

Atualização no feed de notícias dos usuários chegará primeiro aos Estados Unidos e deve atingir outros países até o final do ano, diz Mark Zuckerberg

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Por Redação Link
Atualização:
Plano de Zuckerberg é vender até US$ 13 bilhões em ações para financiar iniciativa nos próximos anos Foto: Stephen Lam / Reuters

O Facebook vai começar a mostrar mais notícias locais na linha do tempo de seus usuários. Em uma publicação feita na sua página pessoal na rede social, o presidente executivo da empresa, Mark Zuckerberg, disse que a atualização no algoritmo da companhia começará nos Estados Unidos e deve chegar a outros países no final do ano. 

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"Se você segue uma publicação regional ou se algum amigo seu publica uma reportagem local, ela pode aparecer primeiro no seu Feed de Notícias", afirmou o executivo. Após o anúncio, as ações da empresa caíram cerca de 2% na bolsa de valores Nasdaq, encerrando o pregão desta segunda-feira, 29, cotadas a US$ 185,98. 

Contexto. Nos últimos dias, o Facebook tem anunciado uma série de mudanças em sua plataforma, depois da empresa ser bastante criticada por ter priorizado notícias falsas que influenciaram a opinião pública e podem ter afetado o resultado final da eleição presidencial nos Estados Unidos em 2016, bem como discussões políticas em todo o mundo. 

No início deste mês, a empresa anunciou que vai priorizar publicações de amigos e familiares na linha do tempo dos usuários, reduzindo a quantidade de publicações feitas por páginas de marcas e veículos de imprensa. As alterações preocuparam investidores, que temem que os usuários passem menos tempo na rede social após as mudanças. 

No último dia 19, o Facebook disse que se baseará na opinião de parte de seus 2 bilhões de usuários para priorizar veículos confiáveis – a partir dos votos dados pelos usuários, será criado um ranking de confiança da imprensa, usado pelo algoritmo da empresa para escolher quais notícias exibir na linha do tempo. 

"As redes sociais permitem que as pessoas compartilhem informações mais rápido do que nunca e, se não resolvermos esses problemas (notícias falsas), vamos terminar por amplificá-los", disse Zuckerberg na ocasião. O processo de autocrítica da empresa não parou por aí: na semana passada, a companhia afirmou em comunicado que as redes sociais podem ser prejudiciais à democracia. 

“Sabemos que as redes sociais permitem que as pessoas se expressem, mas elas também [ajudam] a espalhar desinformação e corroer a democracia”, disse Samidh Chakrabarti, diretor de produto e responsável pelas políticas globais da empresa. / COM REUTERS

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