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Falha no Twitter expôs contas privadas no Android

Brecha ficou aberta ocorria desde novembro 2014, até a companhia identificá-lo

Por Redação Link
Atualização:
Twitter encontrou falha no Android que expôs mensagens de contas privadas Foto: Richard Drew/AP Photo

O Twitter identificou uma falha que tornava públicos os tuítes de contas configuradas para ser privadas - quando estão nesse modo, elas só exibem conteúdo para os usuários que receberam permissão para ser seguidores. A falha permitia que qualquer pessoa lesse as mensagens Em comunicado, a empresa diz que corrigiu o problema no dia 14 de janeiro, e que ele ocorria desde 30 de novembro de 2014.

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A brecha afetou usuários do Android que fizeram mudanças nas configurações da conta quando o recurso "Proteja seus Tweets" estava ativado - usuários da web e iOS não foram afetados. Na mensagem, o Twitter disse quem alterou o endereço de e-mail no app com o "Proteja seus Tweets" ativados ficou exposto, mas não forneceu mais exemplos específicos de mudanças na configuração que causavam o problema. 

A companhia diz não saber o número total de contas afetadas, e por isso estava fazendo um comunicado público sobre o assunto. Segundo a companhia, os usuários que ela conseguiu identificar como vítimas foram comunicados. Nessas contas, o "Proteja seus Tweets" foi ativado automaticamente.  

Confusão. A forma confusa de comunicação para o problema parece refletir o estilo de Jack Dorsey, presidente executivo do microblog. O Huffington Post, publicou uma longa entrevista com o executivo cujo título, em tradução livre, é "Jack Dorsey não tem ideia do que quer". Nela, ele foi perguntando sobre sua relação com a direita dos EUA, a suposta parcilidade das redes sociais contra a direita, as medidas para combater ataque às mulheres na plataforma, a qualidade das conversas no serviço, o monitoramento de conteúdo por algoritmos e eventuais remoções. 

 Ao falar sobre assédio às mulheres na plataforma, ele não soube dizer quais medidas concretas estão sendo tomadas para combatê-lo. O executivo disse que tornar o botão de denúncia mais claro era uma medida. O entrevistador quis saber qual era a alternativa a esse recurso e a resposta foi: "Não sei... Quer dizer, não vou... Eu não sei qual é a alternativa, mas sabemos o que há de errado com a plataforma. Então, sabe, é nisso que estamos trabalhando."

Ao comentar sobre a hashtag #FalseFlag, que surgiu na plataforma para descreditar ameaças de bomba a políticos democratas em outubro do ano passado, ele disse que não foi o Twitter que acrescentou a hashtag. Ao ser perguntou se a companhia monitorava esse tipo de hashtag, disse: "Sim, estamos monitorando, Se virmos algo como isso, vamos agir. Mas esses são os algoritmos. Precisamos constantemente melhorar e evoluí-los. Eles não serão perfeitos, sabe?"

Sobre a polêmica na Índia por aparecer em uma foto segurando um cartaz que critica a sociedade patriarcal do país, ele negou que a empresa sofra de ignorância institucional, mas disse que não vai parar de receber aquilo que recebe das pessoas. "Qual é a solução", perguntou.  

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Ele também foi perguntado se baniria Donald Trump da plataforma caso o presidente dos EUA publicasse uma mensagem convocando seus seguidores a matar um jornalista. Conhecido por acreditar que os cidadãos devem ouvir diretamente de seus líderes, Dorsey não foi muito incisivo na resposta."Seria uma ameça violenta. Nós definitivamente... Sabe, estamos em comunicação constante com todos os governos do mundo. Certamente, falaríamos sobre isso". Em seguida, acrescentou que não falaria sobre cenários específicos. Disse que a empresa tem protocolos públicos e que, independentemente de Trump, mantém conversas com governos. 

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