FBI investiga transações financeiras da Cambridge Analytica, diz jornal

Política americana conta com a ajuda do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, diz jornal; empresa fechou as portas no começo do mês

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Por Agência
Atualização:
Alexander Nix é o presidente da Cambridge Analytica Foto: Pedro Nunes/Reuters

O FBI e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos estão investigando como a Cambridge Analytica adquiriu e usou os dados de 87 milhões de usuários do Facebook e de outras fontes, além de como eram as transações financeiras da empresa. As informações foram publicadas pelo jornal The New York Times.

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Segundo a reportagem, os promotores estão notificando ex-funcionários da empresa e bancos que lidavam com os negócios da Cambridge Analytica. O Facebook também foi notificado e pode ser ouvido no processo.

Tanto o FBI, quanto o Departamento de Justiça e o Facebook se recusaram a comentar as investigações. Os ex-funcionários da empresa não foram encontrados para comentar o caso.

A empresa sofre ainda investigações em outros países da Europa e no Brasil. Aqui, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MP-DFT) iniciou o processo investigativo em março, mas semanas depois decretou sigilo, alegando necessidade de segurança da integridade física de André Torreta, empresário brasileiro que tinha um acordo para representar a empresa de análise de dados no País.

Situação. Quase dois meses depois do escândalo, a Cambridge Analytica anunciou que fechou as portas. Segundo a companhia, o encerramento das atividades foi justificado pela perda de clientes, pelas crescentes acusações legais que está enfrentando, além de perseguição da imprensa.

A empresa foi criada em 2013, inicialmente com foco nas eleições dos EUA e contou com a doação de US$ 15 milhões do bilionário Robert Mercer e um nome escolhido pelo futuro conselheiro da Casa Branca de Trump, Steve Bannon, informou o New York Times. Bannon deixou a Casa Branca em agosto de 2017.

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