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'Usuários podem se unir contra franquia de dados', diz presidente da Netflix

Em coletiva de imprensa em São Paulo, Reed Hastings falou sobre temas polêmicos, ganhou revista adulta e anunciou nova série brasileira

07/02/2017 | 10h44

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 Por Bruno Capelas - O Estado de S. Paulo

Presidente executivo da Netflix, Reed Hastings, durante coletiva em São Paulo

Presidente executivo da Netflix, Reed Hastings, durante coletiva em São Paulo

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Presidente executivo da Netflix, uma das empresas que mais trafegam dados pela internet hoje no mundo, Reed Hastings disse nesta terça-feira, 7, que os consumidores podem se unir para lutar contra limites de consumo de dados na internet fixa. “As empresas de telecomunicações querem ter mais receita, mas, em outros países, usuários mostraram sua frustração com as franquias e foram bem sucedidos em acabar com esses limites”, declarou Hastings, durante entrevista coletiva realizada em São Paulo. 

A declaração não é à toa: a Netflix seria uma das principais empresas prejudicadas caso o modelo de franquias na internet fixa – atualmente suspenso por decisão da Anatel – volte a funcionar no País. O tema foi uma das principais polêmicas da tecnologia no Brasil em 2016, quando operadoras como Vivo disseram ter projetos de implementar limites de dados para planos de banda larga fixa vendidos por aqui. 

Apesar da declaração, Hastings destacou que enxerga evolução na internet do País: “vemos um enorme investimento em internet no Brasil por parte das teles. Todo mundo, em qualquer país, diz que sua internet é lenta, mas ela está melhorando muito de alguns anos para cá”. 

Conheça a história da Netflix

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Início

Foto: Reprodução

A Netflix foi fundada em 1997 pelos empreendedores Reed Hastings e Marc Randolph como um serviço online de locação de filmes. Um ano depois, eles lançaram o site NetFlix por meio do qual era possível solicitar DVDs que chegavam por correio à residência das pessoas.

Assinatura mensal

Foto: Reuters

Em 1999, a Netflix lançou um serviço de assinatura mensal que oferecia locação ilimitada de DVDs. O cliente poderia escolher uma série de filmes no site e, à medida que devolvia os títulos pelo correio, a empresa enviava outros. 

Oferta

Foto: Reuters

Com o sucesso do plano de assinaturas, a Netflix foi oferecida, em 2000, para a rede de locadoras Blockbuster, sua principal concorrente na época, que não fechou o acordo por não acreditar que o negócio seria promissor. Dez anos depois, a Blockbuster pediu falência nos Estados Unidos.

Abertura de capital

Foto: Reuters

As ações da Netflix começaram a ser negociadas na Nasdaq em maio de 2002. Com a oferta pública de ações a empresa levantou US$ 82,5 milhões. Na época, a Netflix tinha 600 mil assinantes e um catálogo com mais de 11,5 mil filmes. 

Streaming

Foto: Reprodução

O grande negócio da Netflix chegou ao mercado em 2007, com o lançamento do serviço de streaming. Na época, os assinantes de um plano de US$ 16,99, por exemplo, poderiam assistir a até 17 horas de vídeo. Seis meses depois, as visualização de seriados e filmes pela plataforma online da empresa chegaram à marca de 10 milhões. 

Multiplataforma

Foto: Divulgação

De 2008 a 2010, a empresa se focou em estabelecer parcerias com fabricantes de eletrônicos para que seu conteúdo fosse transmitido em outros dispositivos, como videogames, smartphones, tablets e TVs conectadas.

Expansão global

Foto: Reuters

A partir de 2010, a Netflix iniciou seu processo de expansão começando pelo Canadá e, em seguida, pela América Latina, Europa, Austrália, Nova Zelândia e Japão. No Brasil, a empresa iniciou suas atividades em 2011. 

Atrações originais

Foto: Divulgação

A produção de conteúdo original para seu serviço de streaming teve início em 2013 com a estreia do seriado House of Cards. O sucesso foi tão grande que no mesmo ano a empresa lançou outras duas séries: Hemlock Grove e Orange is the New Black. 

Premiação

Foto: Reuters

A série House of Cards venceu o Emmy de Melhor Direção em Série Dramática, em 2013, tornando-se a primeira websérie a ganhar um troféu na maior premiação da televisão dos EUA. No mesmo ano, as séries da Netflix receberam, ao todo, 31 indicações.

75 milhões

Foto: AFP

No começo de 2016, a Netflix alcançou a marca de 75 milhões de assinantes e chegou a quase todos os países, com exceção de China, Coreia do Norte, Crimeia (região da Ucrânia) e Síria.  Nesses locais, os governos não permitem a oferta de serviços prestados por empresas americanas. Segundo dados do último balanço da empresa, a Netflix tinha, no final de março de 2016, 81,5 milhões de assinantes em todo o mundo. 

Formiga e futebol. Durante a coletiva de imprensa, realizada no Hotel Unique, zona sul da capital paulista, Hastings falou por cerca de 45 minutos com jornalistas, entre uma breve apresentação e uma sessão de perguntas. Vestindo um terno preto e uma camisa azul clara, o executivo se mostrou simpático, mas sem ser aberto demais às perguntas, e até mesmo ganhou uma revista de entretenimento adulta de um dos presentes. 

Segundo Hastings, esta é sua terceira visita ao País – a primeira foi em 1997, quando ainda não havia fundado o serviço de streaming, que só nasceria no ano seguinte. A segunda foi em 2011, quando a Netflix chegou ao País. Além da falar com a imprensa, o executivo também arranjou um tempo para conhecer São Paulo. “Ontem fui jantar no Dom, do Alex Atala”, contou Hastings. “Não comi a formiga. Parecia crocante demais para mim”.

Entre os destaques da coletiva, o anúncio da nova série original a ser produzida pela empresa no País: Samantha!, uma comédia sobre uma “atriz mirim que já viveu dias melhores e se casa com um jogador de futebol que passou 10 anos na prisão”, nas palavras do executivo. 

É a terceira produção da empresa por aqui a ser anunciada – depois de 3%, que estreou em outubro passado e atualmente filma sua segunda temporada, e de Jet Wash, nome de trabalho de uma série sobre a Operação Lava Jato, com produção do diretor José Padilha (Tropa de Elite). A estratégia é uma via de duas mãos: além de diversificar sua produção, a empresa também atrai a atenção de usuários locais – segundo Hastings, hoje a Netflix produz conteúdo original em países como México, Argentina, Estados Unidos, Japão e em diversos lugares da Europa. 

13 filmes e séries que você já pode baixar na Netflix

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Netflix offline

Foto: Reuters

A Netflix anunciou um novo recurso que permite fazer download de filmes e séries. Com isso, usuários conseguirão assistir produções da plataforma mesmo sem conexão de internet. Entretanto, nem tudo está disponível para ser baixado. Confira, a seguir, alguns exemplos de filmes e séries que já podem ser assistidos offline.

Breaking Bad

Foto: Divulgação

Sucesso de público e crítica, Breaking Bad já pode ser assistida no metrô sem medo de ficar sem conexão. A série, que acompanha um professor de química que começa a produzir manfetamina para sustentar a sua família, já está disponível para download na Netflix.

De Volta para o Futuro

Foto: Divulgação

Se você estiver voando no DeLorean, não tem problema de ficar sem sinal de celular. O filme De Volta para o Futuro também está disponível para download na Netflix.

House of Cards

Foto: Divulgação

House of Cards, com Kevin Spacey, também está disponível para download na plataforma da Netflix.

Taxi Driver

Foto: Divulgação

Sem problemas para assistir filmes enquanto está em um táxi voltando para casa. Clássico de Martin Scorsese, Taxi Driver pode ser baixado na Netflix para assistir sem conexão.

The Crown

Foto: Divulgação

Nova série original da Netflix, The Crown também já pode ser assistida quando o usuário estiver sem conexão.

Pulp Fiction

Foto: Divulgação

Filme emblemático da carreita de Quetin Tarantino, Pulp Fiction pode ser baixado na Netflix.

Orange is the New Black

Foto: Divulgação

Produção original da Netflix, Orange is the New Black também pode ser encontrada para download na plataforma.

Trainspotting

Foto: Divulgação

O filme Trainspotting, de 1996, também está dentre as produções disponíveis para download.

Downton Abbey

Foto: Divulgação

Se você se transportasse para a realidade de Downton Abbey, no início do século XX, não teria problemas para assistir esta série britânica. Ela está disponível para download na Netflix.

Um Corpo que Cai

Foto: Divulgação

Alfred Hitchcock também está dentre os agraciados com produções para download. Um Corpo que Cai já pode ser baixado para ser assistido depois.

Stranger Things

Foto: Divulgação

Não importa se você está no Mundo Invertido. Stranger Things também já pode ser assistida sem conexão — é só fazer o download da produção original.

Narcos

Foto: Divulgação

Narcos também faz parte das séries que podem ser baixadas na Netflix.

Mad Men

Foto: Divulgação

Série muito premiada, Mad Men também está na lista de séries que já podem ser baixadas.

Competição. O caráter global da empresa, que se expandiu para mais de 190 países em janeiro de 2016, ganhou recentemente um rival. O Amazon Prime Video, serviço de streaming de vídeo da gigante americana do comércio eletrônico, chegou em dezembro último aos mesmos mercados internacionais que a Netflix. 

Para Hastings, a competição não assusta. “A Amazon oferece um serviço interessante, mas ainda são pequenos comparado conosco, na proporção de ‘investimento das pessoas’”, disse o executivo. “Hoje, competimos pelo tempo das pessoas: você não viu Netflix nas noites que assistiu futebol, jogou videogame ou… bebeu demais.”

O presidente executivo da Netflix reiterou ainda que não pretende diversificar o conteúdo produzido pela empresa: “não queremos fazer notícias, esportes ou vídeo em tempo real”, disse ele. Questionado se poderia embarcar em tendências do gosto brasileiro, como novelas ou programas de cunho religioso, o executivo desconversou. “Tendemos a procurar originalidade e não em copiar outros formatos”, disse. 

Hastings também falou sobre uma das tendências atuais da tecnologia, a realidade virtual. Apesar de negar o interesse do Netflix por produzir para o formato de vídeo em imersão 360 graus, Hastings disse que espera “ver a realidade virtual chegar ao grande público no futuro, como plataforma de interatividade em entretenimento. É algo que os videogames como PS4 e Xbox One fazem hoje”. 

    Tags:

  • Netflix
  • Reed Hastings

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