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Funcionários da Amazon protestam em meio à crise do coronavírus

Pegos de surpresa com alta na demanda por entregas, empregados pedem melhores condições de proteção e aumento de salários

31/03/2020 | 17h45

  •      

 Por Nitasha Tiku e Jay Greene - The Washington Post

 

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Em meio à pandemia do coronavírus, milhões de consumidores estão usando serviços de comércio eletrônico para obter recursos básicos, como comida e produtos de higiene. Nos Estados Unidos, a Amazon está liderando esse processo, seja por sua loja online ou pelo mercado Whole Foods, comprado por ela em 2017. No entanto, a alta na demanda também tem afetado a força de trabalho da empresa, que começou a fazer manifestações, faltas e greves para demandar melhores medidas de proteção e pagamento, até por conta do alto risco que têm de contrair a doença ao irem trabalhar. 

Na última segunda-feira, 30, um grupo de funcionários de um centro de distribuição da Amazon em Staten Island, uma das cinco grandes zonas de Nova York, deixou seu postos de trabalho porque disseram que a empresa não está fazendo o suficiente para protegê-los. Nesta terça-feira, 31, funcionários do Whole Foods em todo o país começaram a planejar um movimento de faltas por “doença”, pedindo à empresa que dobre o pagamento por hora oferecido aos trabalhadores, além de medidas de saúde. 

Trabalhadores da Amazon protestam em Staten Island, bairro de Nova York

AP Photo/Bebeto Matthews

Trabalhadores da Amazon protestam em Staten Island, bairro de Nova York

As ações dos trabalhadores acontecem num momento em que muitos americanos estão “presos em casa” por semanas, graças a ordens de isolamento social instituídas por cidades e Estados. Isso fez os americanos, mais do que nunca, dependentes de serviços de entrega. No entanto, os trabalhadores reclamam de que as empresas estão colocando suas vidas em risco. Porta-vozes da Amazon e do Whole Foods, porém, discordaram das reclamações dos empregados. 

Neste momento, empregados de ao menos 21 centros de distribuição e entrega da Amazon nos Estados Unidos tiveram testes positivos para a covid-19, doença causada pelo coronavírus, segundo a empresa e notícias de jornais locais. Ainda não está claro, porém, se as ações dos empregados de Staten Island afetaram as operações da companhia. 

Os empregados da Amazon pediram à empresa que pagassem pelo tempo de licença médica necessário para quem se sinta doente ou precise se ausentar do trabalho para fazer quarentenas. Além disso, os trabalhadores também pediram que a empresa feche os centros de distribuição para limpeza onde tenham acontecidos casos de contaminação pelo novo coronavírus. No protesto da última segunda-feira, um cartaz fazia referência à assistente de voz da empresa. “Alexa, feche as portas e limpe o prédio.” 

Demissão

Segundo Chris Smalls, trabalhador que liderou a manifestação, um grupo de 50 pessoas participou do protesto. Já a Amazon, que está contratando 100 mil pessoas para lidar com a alta na demanda por conta do coronavírus, disse que foram apenas 15 pessoas – ao todo, 5 mil pessoas trabalham no centro de distribuição. A empresa também refutou a ideia de que não está protegendo os trabalhadores, por meio de um posicionamento enviado por email. 

No final do dia de trabalho, a Amazon demitiu Smalls, que trabalhava na empresa há cinco anos. Um gerente do centro disse a Smalls que seu contrato foi encerrado por violar uma quarentena, disse o funcionário, uma vez que ele tinha estado em contato com um colega que testou positivo para o vírus. 

Segundo o empregado demitido, a Amazon não havia o avisado da quarentena até a tarde a segunda-feira. “Eles estão tentando me silenciar. É retaliação”, disse. Já a porta-voz da Amazon disse que Smalls foi mandado para casa, com pagamento e que sua decisão de vir até o centro de distribuição colocou outras pessoas em risco. “É inaceitável”, declarou a empresa. “Estamos ainda lutando para lidar com todas as dimensões do coronavírus e trabalhando duro para manter os empregados seguros.” 

Na noite da segunda-feira, a advogada geral de Nova York, Letitia James, chamou a demissão de “vergonhosa” e pediu ao órgão regulatório de relações de trabalho para investigar o incidente. / TRADUÇÃO DE BRUNO CAPELAS

    Tags:

  • Amazon

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