Gigantes de tecnologia têm dia de perdas em Bolsa de Valores de NY

Depoimentos de executivos do Twitter e do Facebook no Congresso derrubaram as ações das principais companhias de tecnologia listadas em Nasdaq

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Por Agências
Atualização:
Sheryl Sandberg, chefe de operações do Facebook e Jack Dorsey, presidente do Twitter tiraram dúvidas de congressistas dos EUA Foto: Eric Thayer/NYT

As ações de gigantes de tecnologia tiveram nesta quarta-feira, 5, seu pior dia em um mês: papéis de empresas como Twitter e Facebook caíram devido ao depoimento de seus executivos no Congresso americano, onde foram chamados a testemunhar sobre o combate a interferências na política americana. O Twitter teve baixa de 6%, enquanto o Facebook viu suas ações caírem 2,3%. 

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O desempenho das duas redes sociais influenciaram o humor do mercado de tecnologia, cujas ações por vezes são negociadas em fundos “conjuntos”. A Alphabet, holding que controla o Google, teve queda de 0,8% – a empresa foi convidada a testemunhar no Congresso, mas enviou testemunho por escrito no lugar de um executivo. Já a Amazon, um dia após bater a marca histórica de US$ 1 trilhão, teve queda de 2,2% no pregão de ontem. Juntas, as empresas levaram a Nasdaq a ter baixa de 1,2%. 

Para analistas, o Twitter sofreu maior impacto com o depoimento por não ter a mesma estrutura que o Facebook para lidar com crises. “Eles têm menos fontes de receita, menos usuários e infraestrutura que o Facebook”, disse o analista Ivan Feinseth, da Tigress Financial Partners, à Reuters. 

A empresa, no entanto, teve abordagem mais proativa para discutir os problemas, o que pode ajudá-la a longo prazo. “Acredito que Jack Dorsey é o único líder do mercado de tecnologia que está tentando deixar a plataforma menos tóxica”, disse Joel Kulina, da Wedbush Securities. 

Vídeo. Outra empresa que puxou para baixo as ações do mercado de tecnologia foi o serviço de streaming Netflix, cujos papéis foram negociados com queda de 6,2% ontem. 

O desânimo dos investidores se explica por uma análise do Morgan Stanley sobre a Apple, que trabalha no lançamento de um serviço de streaming de vídeo. Segundo o banco de investimentos, a plataforma poderia faturar US$ 500 milhões no ano que vem. 

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