Gigantes de tecnologia vão se unir para lutar na Justiça contra veto de Trump

Empresas como GitHub, Netflix, Airbnb e Google devem se reunir nesta terça-feira para organizar documento desafiando a restrição imigratória imposta pelo presidente americano

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Por Agências
Atualização:
O co-fundador e presidente executivo do Netflix, Reed Hastings Foto: Netflix

Um grupo de empresas de tecnologia planeja se reunir nesta terça-feira, 31, para discutir a redação de um documento que desafia o veto imigratório imposto pelo presidente dos Estados Unidos Donald Trump a cidadãos de sete países de maioria islâmica. 

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A reunião está sendo organizada pelo GitHub, que cria ferramentas de desenvolvimento de software. Entre os participantes convidados, estão companhias como Netflix, Airbnb e Google, disse uma fonte próxima ao assunto – procuradas, as empresas não comentaram o tema. Também foram convidadas a participar da reunião empresas como Dropbox, Box, Evernote, Mozilla, Medium, Pinterest, Space X e Kickstarter. 

Juntas, as companhias de tecnologia pretendem participar do caso como "amicus curiae", termo que designa instituições interessadas em um processo e que podem fornecer subsídios às decisões de um tribunal. 

Oposição. O setor de tecnologia tem liderado a oposição ao veto imigratório anunciado na semana passada – viajantes de Somália, Líbia, Sudão, Irã, Iraque, Iêmen e Síria não podem entrar no País. Os motivos são claros: trata-se de uma indústria que depende do talento ao redor do mundo, e muitos dos empregados dessas empresas vem desses países. Só o Google tem 200 funcionários afetados pela medida. 

Entre as reações adotadas, empresas como Uber e Lyft já fizerma doações a organizações que apoiam imigrantes, como União Americana dos Direitos Civis (ACLU, em inglês), enquanto o Airbnb ofereceu hospedagem gratuita a qualquer viajante desses países que não puder entrar nos Estados Unidos. Segundo a administração de Trump, as regras vão aumentar a segurança nacional.