PUBLICIDADE

Google abandona ferramenta da Apple que rastreia navegação de usuários do iPhone

Novas regras de transparência de rastreamento da Apple exigem que aplicativos mostrem uma notificação aos usuários sobre quais dados de sua navegação estão sendo coletados

Por Agências
Atualização:
Embora o Google esteja desenvolvendo alternativas para clientes, elas podem não ficar prontas imediatamente Foto: Brendan McDermid/Reuters

Os aplicativos do Google para iPhone, como o Maps e o YouTube, deixarão de usar uma ferramenta da Apple que permite a personalização de anúncios, evitando uma notificação da Apple que informa que a navegação dos usuários está sendo rastreada. A medida foi informada em publicação no blog da Alphabet, dona do Google, nesta quarta-feira, 27, pouco antes de a Apple começar a aplicar novas regras de transparência de rastreamento.

PUBLICIDADE

A Apple há anos fornece a aplicativos um identificador exclusivo, conhecido como IDFA, para ajudá-los a conectar o mesmo usuário em vários programas. O código pode ser essencial para determinar a quem exibir um anúncio e rastrear se isso os levou a fazer uma compra, por exemplo. Mas a Apple disse que agora exigirá que os aplicativos informem os usuários por meio de uma mensagem pop-up para obter seu consentimento para acessar seu IDFA.

O Facebook e outros desenvolvedores de aplicativos estão preocupados que o aviso possa desencorajar os usuários de concordar com o rastreamento e prejudicar as vendas de anúncios. Como os usuários dos aplicativos do Google normalmente estão logados, ele tem uma alternativa de rastreamento ao IDFA e, como tal, seu negócio principal de publicidade provavelmente não seria afetado pelas mudanças da Apple.

Mas a companhia alertou em seu blog que editoras e anunciantes que contam com seu software de anúncios para dispositivos móveis terão resultados mais fracos sem acesso ao IDFA. Embora o Google esteja desenvolvendo alternativas para clientes, elas podem não ficar prontas imediatamente, disse a empresa. O Google acrescentou também que os clientes podem usar seu software independentemente de mostrarem a notificação e obterem o consentimento necessário, e não está fazendo recomendações sobre o que devem fazer. A Apple não comentou o assunto. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.