Google acusa Uber de roubar tecnologia para carros autônomos

Divisão de carros autônomos da Alphabet, que controla o Google, Waymo entrou com processo na Justiça americana contra empresa rival

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Por Agências
Atualização:
John Krafcik, diretor executivo da Waymo, unidade de carros autônomos da Alphabet, que controla o Google. Foto: Brett Carlsen/NYT

A Waymo, unidade de carros autônomos da Alphabet, holding que controla o Google, está processando o Uber, alegando roubo de tecnologia própria. Além do Uber, a Otto, startup que está criando caminhões autônomos e foi comprada pelo Uber no ano passado por US$ 680 milhões, também foi processada. 

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Segundo o texto do processo, a tecnologia que teria sido roubada é a de sensores capazes de identificar a posição dos carros no espaço e ajudá-los a se locomover sozinhos. "A tecnologia LiDAR da Uber é, na verdade, a tecnologia LiDAR da Waymo", diz a denúncia da Waymo, realizada no Distrito Norte da Califórnia em agosto do ano passado. 

Lidar, no caso, é o nome da tecnologia, que usa pulsos de luz refletidos sobre objetos para medir sua posição. Em seus primeiros sistemas, a tecnologia era extremamente cara, mas a Waymo descobriu um sistema até 90% mais barato, que logo se tornou um dos "ativos mais valiosos" da empresa. 

A principal acusação da Waymo recai sobre Anthony Levandowski, um de seus ex-funcionários, que deixou a empresa em janeiro de 2016. Poucos meses depois, Levandowski fundou a Otto. Antes de sair, diz a Waymo, o executivo teria baixado 14 mil arquivos confidenciais da empres, incluindo design de placas de circuito da tecnologia Lidar, ajudando a Otto e o Uber a avançar em seus esforços para criar carros autônomos. 

O Uber disse que levou "as alegações feitas contra funcionários da Otto e da Uber com seriedade e vamos rever este assunto com cuidado".

No processo, a Waymo pede um montante não especificado em danos, além da execução de uma ordem judicial que impeça o Uber de usar suas informações proprietárias.

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