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Google desacelera e tem receita de US$ 69,6 bilhões no 2.º trimestre

Gigante de buscas registrou alta anual de 13% em relação ao ano passado, ante 62% na comparação entre 2021 e 2020

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Por Guilherme Guerra
Atualização:
Google é uma das empresas da holding Alphabet, também dona da companhia de carros autônomos Waymo Foto: Annegret Hilse/Reuters - 9/6/2022

Sob os ventos desfavoráveis da economia mundial, o Google, empresa proprietária da Alphabet, registrou forte desaceleração no segundo trimestre de 2022, conforme apresentado pela companhia em balanço financeiro nesta terça-feira, 26. 

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O lucro líquido do Google registrou queda, saindo de US$ 18,5 bilhões em 2021 para US$ 16 bilhões neste ano.

A gigante das buscas apresentou receita de US$ 69,6 bilhões no trimestre encerrado em junho, alta de 13% em relação ao mesmo período de 2021. Embora se trate de uma alta, é uma queda em relação à mesma métrica de 2021, quando a companhia cresceu 62% na comparação com 2020 — à época, a empresa era impulsionada pela repetina digitalização forçada pela pandemia de covid-19. Ainda, a cifra fica aquém das expectativas do mercado financeiro, que, segundo projeções da Refinitiv, seria de US$ 69,9 bilhões.

A área de buscas do Google teve receita de US$ 40,6 bilhões, crescimento sobre os US$ 35,8 bilhões do segundo trimestre de 2021. Principal joia na coroa do Google, o modelo de negócio baseado em propaganda tem sido desafiado pelo TikTok e Instagram, que têm se tornado a preferência de jovens ao buscar por serviços e compras nesses aplicativos.

Além disso, enquanto a espiral inflacionária pressiona os gastos com marketing das marcas, a área de anúncios no YouTube somou US$ 7,3 bilhões, pouca variação ante os US$ 7 bilhões no ano passado. Publicidade em outros serviços do Google registrou receita de US$ 56,2 bilhões, também um crescimento sobre os US$ 50 bilhões de 2021. Ao todo, a receita com serviços foi de US$ 62,8 bilhões, alta sobre os US$ 57 bilhões do ano passado.

Já a receita com o serviço de nuvem do Google para empresas, o Google Cloud, cresceu para US$ 6,2 bilhões, abaixo dos US$ 6,4 bilhões esperados pelos analistas da Refinitiv. Em 2021, essa métrica foi de US$ 4,6 bilhões para a gigante, que compete diretamente com as líderes Amazon e a Microsoft nessa categoria. Apesar disso, o custo com as operações de nuvem cresceu, apertando a margem da companhia: US$ 851 milhões, um salto sobre os US$ 591 milhões do segundo trimestre do ano passado.

Em nota a investidores, o presidente executivo do Google, Sundar Pichai, ressaltou a importância dessas duas áreas para a companhia: “Os investimentos que fizemos em computação em nuvem e inteligência artificial nos últimos anos estão ajudando a fazer nossos serviços particularmente valiosos para consumidores e altamente eficientes para negócios de todos os tamanhos. Enquanto afiamos nosso foco, vamos continuar investindo responsavelmente em ciência da computação no longo prazo.”

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As ações da companhia subiam 2,5% após o fechamento do mercado nesta terça, por volta das 17h50 do horário de Brasília.

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