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Google prevê corte salarial para funcionários que trabalharem em casa

Estratégia é baseada na cidade em que o funcionário mora e a proximidade com os escritórios da empresas, localizados em grandes cidades dos EUA

Por Agências
Atualização:
A volta dos funcionários estava prevista para outubro deste ano, mas foi adiada novamente Foto: Andrew Kelly/Reuters

Funcionários de escritórios do Google podem ver diferentes mudanças nos salários, após a pandemia, se decidirem trabalhar de casa permanentemente. De acordo com um cálculo da empresa, visto pela Reuters, trabalhadores fora de regiões metropolitanas dos escritórios podem ser afetados com mais força, com uma redução no salário que pode chegar a 15%. O projeto é baseado no custo de vida dos funcionários de acordo com a cidade onde reside.

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É um experimento ocorrendo em todo o Vale do Silício, que geralmente define tendências para outros grandes empregadores. O Facebook e o Twitter também reduziram o pagamento de funcionários remotos que se mudaram para áreas menos caras, enquanto empresas menores, incluindo Reddit e Zillow, mudaram para modelos de pagamento independentes de localização, citando vantagens quando se trata de contratação, retenção e diversidade.

O Google oferece aos funcionários uma calculadora que permite que eles vejam os efeitos do movimento. Mas, na prática, alguns funcionários remotos, especialmente aqueles que se deslocam de longas distâncias, podem sofrer corte no pagamento sem mudar endereço.

"Nossos pacotes de remuneração sempre foram determinados por localização e sempre pagamos no topo do mercado local com base no local de onde o funcionário trabalha", disse um porta-voz do Google, acrescentando que o pagamento varia de cidade para cidade e de Estado para Estado.

Imagens da calculadora interna de salários do Google vistas pela Reuters mostram que uma funcionária que mora em Stamford, Connecticut — a uma hora de trem da cidade de Nova York — receberia 15% a menos se trabalhasse em casa, enquanto uma colega do mesmo escritório morando em Nova York não veria cortes no trabalho de casa. As capturas de tela mostraram diferenças de 5% e 10% nas áreas de Seattle, Boston e San Francisco.

A calculadora afirma que usa as áreas estatísticas metropolitanas do US Census Bureau, ou CBSAs. Stamford, Connecticut, por exemplo, não está na CBSA de Nova York, embora muitas pessoas que moram lá trabalhem em Nova York.

Um porta-voz do Google disse que a empresa não mudará o salário de um funcionário com base no fato de ele deixar o escritório e ficar totalmente remoto na cidade onde o escritório está localizado. Os funcionários que trabalham no escritório da cidade de Nova York receberão o mesmo que aqueles que trabalham remotamente de outra localidade da cidade de Nova York, por exemplo, de acordo com o porta-voz.

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O Google não abordou especificamente o problema para os funcionários de áreas como Stamford, Connecticut.

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