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Google quer acabar com cookies no Chrome em até dois anos

Ferramenta usada por anunciantes para captar dados e entender hábitos de usuários na internet será bloqueada em sites que não tenham relação com as empresas, disse gigante de buscas

Por Agências
Atualização:
Empresa deve mudar regras até 2022 

O Google anunciou nesta terça-feira, 14, que pretende bloquear o uso de cookies no navegador Google Chrome por empresas para rastrear os hábitos de usuários pela internet. Segundo a empresa, anunciantes não poderão conectar cookies a sites os quais eles não são responsáveis – assim, uma companhia não pode, por exemplo, rastrear os hábitos de visitação de uma pessoa em outro site que não o seu próprio. É uma mudança que pode aumentar a privacidade dos usuários, mas ao mesmo tempo também afetar a vida do negócio de publicidade digital. 

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É uma medida que chega quase três anos depois de movimento semelhante feito pela Apple, mas tem peso muito maior: segundo a empresa de internet Statcounter, o Chrome tem hoje dois terços do mercado global de navegadores de internet – quase o triplo da presença do Safari, navegador da dona do iPhone. Ao mesmo tempo, a mudança era esperada pela indústria global – e analistas financeiros esperam efeito mínimo no negócio de anúncios do Google, uma vez que a gigante de buscas capta dados das pessoas de inúmeras outras formas. 

Por quase três décadas os cookies se tornaram uma forma de impulsionar os anúncios. São ferramentas que podem ser inseridas em navegadores e permitem a operadores de sites guardar informações sobre os usuários. São eles, por exemplo, que permitem que um site “lembre” a senha de uma conta específica. Mas também são ferramentas que dão a empresas obscuras uma janela aberta sobre os hábitos das pessoas – o que justifica porque muitas vezes a internet parece estar cheia de anúncios sobre uma busca feita recentemente. 

O Google disse que a nova restrição não terá efeito até que alternativas que o Google considera mais privadas sejam viáveis. “As propostas apresentadas até agora, porém, nos dão confiança que as soluções podem funcionar”, disse Justin Schuh, diretor de engenharia para o Chrome. 

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