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Google restringe acesso da Huawei ao Android após ordem de Trump

A fabricante chinesa será obrigada a usar uma versão livre do sistema operacional Android, o que limita o acesso aos serviços do Google como o Maps e o Gmail

19/05/2019 | 18h29

  •      

 Por Redação Link - O Estado de S. Paulo

Trump proibiu que empresas de seu país utilizem equipamentos de telecomunicações de grupos estrangeiros considerados perigosos.

Ng Han Guan / AP

Trump proibiu que empresas de seu país utilizem equipamentos de telecomunicações de grupos estrangeiros considerados perigosos.

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O Google suspendeu negócios com a fabricante chinesa Huawei que exigem a transferência de produtos de hardware e software, afirmou a agência de notícias Reuters neste domingo, 19. A medida acontece depois de o governo Trump probir que empresas norte-americanas comercializem com a Huawei. Na prática, a decisão do Google obriga a Huawei a usar uma versão livre do sistema operacional Android, que não exige licença e é aberta a qualquer um que deseje usá-la. Porém, essa versão restringe o acesso aos serviços do Google como o Maps e o Gmail.

A Huawei também perderá o acesso a atualizações do sistema operacional Android. O Google afirma, entretanto, que os seus serviços continuarão funcionando em smartphones da Huawei existentes. Além disso, a gigante de tecnologia deixará de fornecer suporte técnico e colaboração para a Huawei.

"Estamos cumprindo a ordem e analisando as implicações",  disse um porta-voz do Google ao site The Verge, em referência à decisão de Donald Trump. 

Em resposta, a Huawei afirmou que continuará vendendo seus smartphones e tablets. “Continuaremos a construir um ecossistema de software seguro e sustentável”, disse um porta-voz da empresa, que não entrou em detalhes sobre o futuro dos novos modelos da companhia. A Huawei também afirmou que seus advogados estão estudando o impacto das ações do Departamento de Comércio dos EUA. 

Já o Google disse que está "obedecendo a ordem e revisando as implicações. Para usuários de nossos serviços, a Play Store e as proteções de segurança da Google Play Protect vão continuar a funcionar em dispositivos existentes da Huawei". Já os representantes do Departamento de Comércio dos EUA não fizeram comentários imediatos. Na sexta-feira, 17, o Departamento de Comércio disse que pode emitir uma licença geral temporária para permitir que empresas e pessoas que tenham equipamentos Huawei mantenham a confiabilidade de suas redes de comunicação e equipamentos, disse um porta-voz.

A situação é difícil para a Huawei: a perda da parceria com o Google provavelmente custaria à fabricante todas as suas vendas de smartphones fora da China. O mercado da Huawei fora da China é expressivo e representa quase metade dos 208 milhões de telefones que a fabricante vendeu em 2018 – a Europa é o mercado externo mais importante, com 29% de participação no mercado no primeiro trimestre de 2019, segundo a IDC. 

“A Huawei não perderá acesso ao próprio Android, que é de código aberto, mas os dispositivos Android fora da China devem oferecer acesso aos serviços do Google para ter qualquer perspectiva de serem vendidos”, disse Richard Windsor, analista do setor, à Reuters. 

Guerra comercial

Há algum tempo a Huawei  é apontada pelo governo americano como um risco de cibersegurança e espionagem. A fabricante chinesa nega veementemente todas as acusações. Vale lembrar que a Huawei não fabrica apenas celulares, mas também equipamentos de infraestrutura tecnológica.

Depois de terem proibido o uso de equipamentos da Huawei dentro do governo, os Estados Unidos passaram a tentar convencer aliados como Alemanha, Japão e Itália a pararem de usar os equipamentos da fabricante chinesa. Em dezembro de 2018, a vice-presidente financeira da Huawei chegou a ser presa no Canadá a pedido dos Estados Unidos./ COM AGÊNCIAS REUTERS

19 fatos sobre o Google

  •      
1996

Foto: Reuters

Os criadores do Google, Larry Page e Sergey Brin se conheceram na faculdade enquanto cursavam PhD e, em pouco tempo, mudariam a maneira com que os internautas navegam na internet para sempre. Um dos principais dilemas da época era como se aventurar por uma infinidade de páginas sem se perder no meio do oceano digital. Já existiam softwares capazes de encontrar textos específicos na rede, mas eles eram muito primitivos. O programa criado por Larry Page e Sergey Brin para pesquisar páginas da internet começou a funcionar em março de 1996 e foi usado para um trabalho na Universidade de Stanford. Em vez de privilegiar a quantidade de vezes que as palavras procuradas eram citadas nos textos, eles propuseram um método baseado na quantidade de links e referências de outras páginas relevantes para criar um ranking. Esse foi o princípio que diferenciou a busca do Google de outros serviços semelhantes anos depois.

1998

Foto: Reddit

O domínio google.com foi criado em setembro de 1997, pois até então o buscador funcionava atrelado ao site da Universidade de Stanford. A empresa, no entanto, foi fundada formalmente apenas no ano seguinte, em 4 de setembro de 1998. Ao final desse ano, já tinha 60 milhões de páginas em seu acervo. 

1999

Foto: Reprodução/YouTube

A primeira patente do Google foi registrada em agosto de 1999, e tratava de um mecanismo de proteção de dados para arquivos de áudio, vídeo, texto ou imagens. 

2000

Foto: Pixabay

O Google começou a vender anúncios baseados em palavras chave, depois que seu buscador ganhou popularidade entre os usuários de internet da época.

2001

Foto: Divulgação

A primeira aquisição do Google foi da Deja News, um sistema de busca que encontrava mensagens específicas na plataforma de discussões Usenet. Esse mecanismo era inovador na época por permitir acesso público e fácil, com uma interface simples para os usuários, a debates em fóruns online.

2003

Foto: Reuters

A empresa, que já havia se mudado para Palo Alto em 1999, passou a habitar sua sede definitiva em 2003: um complexo de edifícios em Mountain View, no Vale do Silício, próximo a São Francisco. O sonho da casa própria só se realizou, contudo, em 2006, com a compra do imóvel, que era propriedade da Silicon Graphics, por módicos US$ 319 milhões. 

2004

Foto: Reprodução

Um engenheiro turco, funcionário do Google, chamado Orkut Büyükkökten, projetou uma plataforma de relacionamento entre usuários com seu próprio nome e revolucionou a maneira de muitas pessoas interagirem na internet. A rede social -- o Orkut -- foi um sucesso no Brasil e na Índia, e permaneceu ativa por uma década. No entanto, pouco popular nos EUA e na Europa, ela acabou perdendo força e foi superada pelo Facebook.

2004

Foto: Pixabay

Um dos eventos mais aguardados da história do setor de tecnologia foi a abertura de capital da Google, que aconteceu poucos anos após o estouro da bolha da internet. O faturamento anual da empresa na época era de US$ 1,5 bilhão.

2004

Foto: Reuters

No mesmo ano, a Google começou a se lançar em projetos diferentes e passou a oferecer serviços muito além da tradicional busca. Em 2004, lançou um serviço de webmail, o Gmail, que passaria a ganhar ainda mais importância anos mais tarde, com a unificação das contas dos usuários de diversos produtos da empresa.

2005

Foto: Pixabay

Apesar de o Android ser conhecido hoje como o mais popular sistema operacional de smartphones no mundo, essa história começou em 2005, quando o Google incorporou uma empresa com esse mesmo nome. O produto final foi lançado ao público apenas em 2008, no HTC Dream, o primeiro celular a rodar o sistema. 

2006

Foto: Pixabay

O serviço de compartilhamento de vídeos YouTube foi comprado pelo Google apenas um ano e meio do registro de seu domínio em uma transação de US$ 1,65 bilhão. Na época, 65 mil vídeos eram hospedados no site diariamente. 

2008

Foto: Pixabay

Para competir com o Internet Explorer, então principal navegador do mundo, a empresa lançou o Chrome, que implementava diversos recursos exclusivos graças aos mecanismos de pesquisa do Google.

2010

Foto: Divulgação

O lançamento do primeiro smartphone do Google foi um acontecimento de grandes proporções para o setor. O Nexus One foi, na verdade, produzido pela HTC, e inaugurou uma linha tradicional que sempre teve como característica a alternância de fabricantes e a demonstração de novidades do Android, o sistema operacional para dispositivos móveis da empresa. 

2011

Foto: Pixabay

Uma das mais bem-sucedidas fabricantes de smartphones, a Motorola foi comprada pela Google em 2011, e ficou menos de três anos sob os cuidados da gigante de Mountain View, tendo sido vendida em 2014 para a Lenovo. 

2012

Foto: Reuters

Após alguns anos de lobby, o estado de Nevada, nos Estados Unidos, aprovou uma lei permitindo o uso de carros autônomos para testes, e a Google colocou no asfalto o seu projeto de carro sem motorista. O plano do Google é desenvolver a tecnologia de veículos autônomos e lançá-la comercialmente até 2020. 

2013

Todo mundo pensou que o futuro havia chegado quando o Google Glass foi anunciado. Os óculos hi-tech da empresa prometeram muitas possibilidades, mas as expectativas não sobreviveram ao lançamento. Problemas com privacidade, preço alto e qualidade que deixou a desejar marcaram um dos principais fiascos da empresa. 

2015

Foto: Reuters

Sundar Pichai torna-se o novo presidente-executivo do Google na maior reorganização da história da empresa. Ela passou a atuar sob o guarda-chuva da Alphabet, uma holding criada por Larry Page que controla não apenas o Google como seus serviços e empresas relacionadas – caso da Google Ventures, braço de investimento da empresa, e do Laboratório X, responsável por projetos de inovação como o carro sem motorista. 

2016

Foto: Reuters

A principal novidade da empresa em 2016 foi a mudança de sua linha de smartphones do Nexus para o Pixel e o Daydream, sua plataforma de realidade virtual, que será lançada em 10 de novembro. 

2019

Foto: Stuart Ramson/Associated Press

Sergey Brin e Larry Page deixam comando da Alphabet, dona do Google – os dois seguem no conselho de administração. Quem assume é Sundar Pichai

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