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Google tem mais terceirizados do que funcionários

Entre as diferenças estão os salários e os benefícios, inferiores para quem tem contrato de trabalho por tempo determinado

Por Redação Link
Atualização:
Google disse que vai pressionar para que empresas contratantes de terceirizados melhoremsalariosebenefícios Foto: Jim Wilson/NYT

O Google tem mais funcionários terceirizados e temporários do que os contratados diretamente, algo nos moldes da CLT no Brasil - a informação foi divulgada nesta terça-feira, 27, pelo jornal The New York Times. Entre as diferenças está o salário e os benefícios recebidos pelos terceirizados, que costumam ser inferiores aos destinados aos funcionários da casa. De acordo com a reportagem, no quadro da empresa há 121 mil terceirizados contra 102 mil diretos. 

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A reportagem surge em um momento de tensão interna entre os funcionários do Google. Desde o ano passado, eles têm aumentado o número de protestos relacionados a problemas no local de trabalho e o posicionamento da empresa em temas polêmicos como contratos militares e a criação de uma versão chinesa e mais restrita do buscador.

"Se alguém não está tendo uma boa experiência, nós fornecemos muitas maneiras de relatar reclamações ou expressar preocupações", disse Eileen Naughton, vice-presidente de operações de pessoal, em um comunicado sem comentar o número de funcionários da companhia. "Nós investigamos, responsabilizamos os indivíduos e trabalhamos para acertar as coisas para qualquer pessoa impactada."

Participação

Os terceirizados e temporários têm engrossado essas manifestações. Em novembro do ano passado, quando funcionários do Google foram às ruas protestar sobre casos de exploração sexual dentro da companhia, os organizadores do protesto também pediram melhores condições de trabalho para todos que atuavam nos produtos Google.

Em março, mais de 900 funcionários do Google assinaram uma carta exigindo um tratamento melhor aos temporários citando problemas em contratos firmados com funcionários da equipe do Google Assistant.

Depois do protesto, o Google disse que vai exigir das empresas responsáveis pelos temporários que forneçam benefícios completos à sua equipe. Entre eles estão assistência médica, um salário mínimo de US$ 15 e licença parental paga. No entanto, isso entrará em vigor a partir do próximo ano.

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