Governo francês está construindo o seu próprio WhatsApp

A França justifica a criação de um novo aplicativo de mensagens instantâneas como forma de evitar espionagem de empresas estrangeiras

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Por Agências
Atualização:
Emmanuel Macron, presidente da França e usuário do Telegram, decidiu que governo terá próprio aplicativo de mensagens Foto: Robert Pratta/Reuters

A França está desenvolvendo o próprio serviço de mensagens instantâneas com criptografia, informou o governo nesta segunda-feira, 16. O aplicativo, que é semelhante ao WhatsApp e o Telegram, foi a opção encontrada pelo governo que teme que entidades estrangeiras espionem conversas privadas trocadas entre os membros do alto escalão.

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Cerca de 20 funcionários públicos estão testando o novo aplicativo, criado por um desenvolvedor que trabalha para o governo. A expectativa é que todas as conversas governamentais passem a ser trocadas pelo app até o verão no país, no segundo semestre do ano.

"Precisamos encontrar uma maneira de ter um serviço de mensagens criptografadas que não seja criptografado pelos Estados Unidos ou pela Rússia", disse a porta-voz a agência de notícias Reuters, se referindo ao WhatsApp, do Facebook, e ao Telegram.

Segundo o governo, o aplicativo francês tem como base um código gratuito disponível na internet e poderá ser usado pelos cidadãos. O governo não quis dizer quais códigos serão usados.

Uso. O alto escalão do governo francês é um usuário massivo de aplicativos de mensagens instantâneas. O presidente Emmanuel Macron utilizou o Telegram durante a campanha presidencial do ano passado para planejar estratégias com a sua equipe.

Desde então, a maioria de seus legisladores se juntou ao aplicativo e o próprio presidente pode ser visto on-line no Telegram, às vezes nas primeiras horas da manhã.

Mas os recentes escândalos envolvendo o uso de dados de usuários do Facebook pela empresa Cambridge Analytica fez o governo francês repensar o uso de ferramentas de empresas. . “Você começa a pensar nas possíveis violações que poderiam acontecer, como vimos no Facebook”, justificou o governo.

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