Mercado. ‘Queremos ser a forma como pessoas consomem mobilidade’, diz Erez, do Moovit
O aplicativo israelense Moovit, conhecido por ser um guia do transporte público em grandes cidades, anunciou nesta terça-feira, 22, que chegou à marca de 1500 cidades mapeadas em todo o mundo.
Em nota enviada à imprensa nesta terça-feira, a empresa diz que a 1500ª cidade mapeada foi Dayton, no Estado norte-americano de Ohio. Em média, o aplicativo ganha uma nova cidade a cada 15 horas – a próxima a chegar no Brasil será Volta Redonda. Hoje, o Brasil tem cerca de 150 cidades mapeadas no aplicativo.
Isso acontece porque o aplicativo usa dados públicos das cidades que está presente com as colaborações de uma equipe de 180 mil voluntários ao redor do mundo. Hoje, o aplicativo reúne sugestões de caminhos para ônibus, trens, metrôs, balsas e até mesmo aplicativos de carona paga como o Uber.
Além disso, a empresa lançou no Brasil no primeiro semestre o Moovit Carpool, serviço de compartilhamento de corridas, que une passageiros e motoristas interessados em economizar na gasolina. A diferença do Carpool para o Uber ou o 99 é que os motoristas não podem fazer mais de duas corridas por dia, sendo incapazes de transformar o carro em instrumento de trabalho.
11 números para entender porque Israel é uma potência das startups
Hoje, há cerca de 4 mil startups no país – o que levou Israel a merecer ser chamada de “Startup Nation”, em um livro que conta a saga dos empreendedores do país. Uma das mais famosas delas no Brasil é o Moovit (acima).
Segundo dados do governo, 700 dessas são de cibersegurança. Algumas, porém, são grupos associados entre si, o que faz o Instituto de Exportações de Israel considerar que são 350 startups de cibersegurança atuando no país.
Hoje, Israel já ocupa uma posição de destaque no setor – no ano passado, as 350 empresas do país exportaram US$ 4 bilhões com produtos e serviços de cibersegurança, segundo dados do Instituto de Exportações de Israel. É uma fatia relevante do mercado global, que movimentou US$ 73,6 bilhões em 2016, segundo a consultoria IDC.
Cerca de 1,4 mil startups são criadas todos os anos em Israel. 800 delas também são fechadas todos os anos, diz o governo.
Em 2016, as startups israelenses conseguiram US$ 4,8 bilhões em financiamento – 85% do capital utilizado vem de investidores estrangeiros).
Além disso, no ano passado, as startups israelenses renderam US$ 9,2 bilhões aos seus investidores iniciais, em um processo conhecido como “exit”. O “exit” pode ser feito de duas formas: via aquisições por outras empresas ou quando a startup abre capital na bolsa.
Hoje em Israel há escritórios de 70 fundos de investimento, sendo que 14 deles são internacionais. Além disso, cerca de 220 fundos internacionais tem especialistas baseados em Israel, procurando por oportunidades em startups. Um dos principais fundos israelenses hoje é o JVP, baseado em Jerusalém (foto acima).
No começo deste ano, a Intel fez proposta para adquirir a startup israelense Mobileye por US$ 15,3 bilhões. O negócio, que ainda depende de aprovação das autoridades regulatórias, servirá para posicionar a Intel no setor de carros autônomos, e é uma das maiores aquisições da história das startups de Israel.
O Waze, fundado por Uri Levine, é um dos principais cases de sucesso de startups de Israel, tendo sido adquirido pelo Google em 2013 por US$ 1,3 bilhão
Com capital aberto nos Estados Unidos, a principal startup de Israel hoje é a Checkpoint, empresa de cibersegurança fundada pelo empreendedor Gil Shwed. Responsável pela criação do firewall, nos anos 1990, a Checkpoint vale hoje US$ 18,64 bilhões
Google, Apple, Facebook, Microsoft, Deutsche Telekom e mais de outras 350 multinacionais têm centros de pesquisa em Israel, o que ajuda na troca de experiências entre as empresas locais e as companhias de fora.