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IBM vai se separar de unidade de infraestrutura de TI

Foco da atual empresa será sua área de computação de nuvem, bastante demandada pela transformação digital de companhias ao redor do mundo

Por Agências
Atualização:
Separação das duas empresas deve ocorrer até 2021, disse a IBM Foto: Sergio Peres/Reuters

Dona de uma história de 109 anos, a IBM, uma das empresas mais tradicionais do ramo da tecnologia, vai se dividir em duas empresas no final de 2021. A companhia pretende separar seus negócios considerados como legado, como infraestrutura na área de tecnologia da informação (TI), de áreas promissoras como computação em nuvem. 

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No final de 2021, a IBM vai listar uma nova empresa na bolsa de valores, a partir de sua área de infraestrutura em TI. A nova companhia, que ainda não tem nome, terá 4,6 mil clientes em 115 países. Ao todo, serão 90 funcionários. Segundo disse o diretor financeiro James Kavanaugh à agência de notícias Reuters, a estrutura de liderança da empresa será decidida nos próximos meses. 

Hoje, a IBM tem cerca de 352 mil funcionários. A expectativa é de que a empresa gaste cerca de US$ 5 bilhões com custos operacionais para a separação. A companhia restante continuará se chamando IBM e terá foco na área de computação em nuvem e soluções de software, onde a companhia tem mais chance de ter crescimento rápido. 

O mercado recebeu bem a notícia: as ações da IBM ontem tiveram alta de 6% na bolsa de valores, após a divulgação surpresa da estratégia, arquitetada pelo presidente executivo Arvind Krishna. No cargo desde abril, quando sucedeu Ginny Moretti, Krishna foi o arquiteto por trás da aquisição da Red Hat, empresa de computação em nuvem, comprada pela IBM em 2019 por US$ 34 bilhões. 

“Nós deixamos de investir em redes nos anos 1990, deixamos de investir em computadores pessoais nos anos 2000 e deixamos de investir em chips nos últimos cinco anos porque eles não fazem parte de uma proposta integrada de valor”, disse Krishna em uma chamada com analistas de mercado, comparando manobras anteriores da IBM com o gesto atual. 

“A IBM está se livrando de uma operação em queda e de margens de lucro baixas, que hoje mascaram o crescimento forte nas áreas de automação e nuvem”, disse o analista Moshe Katri, da corretora Wedbush Securities. 

Segundo Krishna, a área de software e soluções da empresa vai ter a maior parte da receita recorrente da companhia após a separação. Além da área de nuvem, a companhia também terá um grande esforço em serviços de inteligência artificial.

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